segunda-feira, 30 de abril de 2018


POEMA REGIUS


Art. 15º

O artigo décimo quinto é o último
E é amigo do mestre:
Há de ensinar ao aprendiz de modo que por nada
Profira ou sustente uma mentira.
Nem apóie os seus companheiros em tal pecado,
P\Jr nenhum bem que possa ganhar;
Nem lhes permita jurar em falso,
Por temor à sorte de suas almas;
Para que a Fraternidade não sofra vergonha
E muito vitupério.

É o documento conhecido por "Documento Halliwell", descoberto por este antiquário, e publicado em 1840, em Londres, Em "The early History of freemasonry in England, by James Orchard Halliwell".
Por ele se comprova que a Maçonaria Moderna tem as suas leis e ética baseadas nos textos dos 15 artigos.
Trata-se, diz Luiz Umbert Santos em "Filosofia Masónica", de um velho pergaminho em forma de livro (descoberto pelo ano de 1839 na Biblioteca Régia do Museu Britânico) e foi publicado em 1840. Firma-se a época do "Manuscrito" em 1390. Está escrito em forma de poema, com 794 versos, encimados com a seguinte legenda: - "fiic incipiunt constitutiones artis Geometriae secundum Euclidem". (Aqui começam as Constituições da Arte da Geometria segundo Euclides).


Fonte: ANEXO DA CRONOLOGIA MAÇONICA.
- 1ª Parte –
MAÇONARIA OPERATIVA.
2 – 1390 – O Manuscrito ou Poema Regius. (Doc. Hallwell).


domingo, 29 de abril de 2018


EM NÓS MESMO

Na obra de aperfeiçoamento a que Jesus nos concitou, idealizemos uma lâmpada com a faculdade de analisar o caminho de sombras a que deve emprestar cooperação.

*
Mentalizemo-la na apreciação da noite em derredor, injuriando as trevas, amaldiçoando as pedras da estrada, clamando ao Céu contra as nuvens e contra a ventania que lhe faz tremer o pedestal...

*
Imaginemo-la querelando, entre lamentações e impropérios, ante as dificuldades da Natureza, temendo os constrangimentos da obra de auxílio que lhe compete realizar.

*
Entretanto, desde que se ofereça, paciente e nobre, ao dispêndio dos próprios recursos para que a luz se faça, eis que a paisagem se mostra clara e bela, estimulando-lhe as energias para a jornada à frente.

Então, não precisará desmandar-se na acusação e na crítica, de vez que a claridade em si mesma lhe fará reconhecer cada criatura no nível em que se encontra e cada coisa no lugar que lhe é próprio.

*
A imagem singela define a necessidade de melhoria em nós mesmos para que a vida se eleve e aperfeiçoe, junto de nós.

*
Não vale gritar contra a escuridão, reprovar o erro e maldizer o quadro de luta em que o Senhor nos situa a existência.

*
Cada espírito é colocado pela Providência Divina na posição mais útil a si próprio.

Aprendamos a retificar-nos, segundo os padrões que o Evangelho do Cristo nos apresenta e o mundo estará corrigido aos nossos olhos.

*
Vivamos nossa fé renovadora em atos e atitudes, nas tarefas habituais e converter-nos-emos na lâmpada prestativa e dócil que, aceitando as determinações do Senhor, edifica a verdadeira alegria, onde passa, porque traz consigo, no grande silêncio, o sol do Amor que é felicidade permanente e paz inextinguível.

EMMANUEL



sábado, 28 de abril de 2018


ASSISTÊNCIA FRATERNAL

Maria Dolores

Deus te compense, alma boa,
A ti, que estendes a mão,
Repartindo alegremente
Carinho, agasalho e pão.

Deus te envolva em alegria
Todo esforço de esquecer
A ofensa que se te faça,
Buscando a paz por prazer.

Deus te exalte o gesto amigo
Quando levantas alguém
 Da tristeza do infortúnio
Para as estradas do bem.

Deus te engrandeça o trabalho
Com que te esqueces e vais
Auxiliar e servir
Àqueles que sofrem mais.

Por toda a bênção que espalhes
Que o mundo nem sempre diz
Que a Vida te recompense
E Deus te faça feliz.

sexta-feira, 27 de abril de 2018


BENEFICÊNCIA

Maria Dolores

Ante a pessoa que sofre,
Nunca digas “impossível.”
Nas sendas de qualquer nível,
Podes doar do que tens;
Para os outros, muitas vezes,
Na prova amarga como é,
Uma só frase de fé
Define o maior dos bens.

Poucos sabem quanto valem
Para uma casa singela
Alguns metros de flanela
Em forma de cobertor,
O pão cortado aos pedaços
Para conforto da mesa,
A força da gentileza
De quem oferta uma flor.

Enxuga com teu sorriso
A lágrima que te alcança,
Estende alguma esperança
A quem se note sem luz;
Qualquer migalha de auxilio
E plantação que se faz,
Rendendo frutos de paz
Nos créditos de Jesus.

quinta-feira, 26 de abril de 2018



PRECE POR JUSTIÇA

Emmanuel

Senhor!...
Ensina-nos a cultivar a Justiça.
Não nos permitas, porém, alimentar qualquer impulso de nos apropriar daquilo que não nos pertence e sim auxilia-nos a repartir daquilo que temos, por empréstimo da Tua bondade.
Protege-nos, na sustentação do amor que nos propomos a conservar, mas concede-nos coragem para compreender o anseio de apoio afetivo do qual os outros se julgam necessitados.
Resguarda em nós o senso de direção, entretanto, impele-nos a descobrir para onde vamos.
Faze-nos livres, mas auxilia-nos a saber para que.
Induze-nos a reconhecer que todos os patrimônios da existência, quaisquer que sejam, são empréstimos de teu infinito amor, em nosso benefício, para que o orgulho e a sombra da posse não nos ensoberbeçam.
Senhor!
Dá-nos a entender que unicamente o nosso próprio trabalho no bem nos conferirá a experiência necessária para a assimilação da verdade em nós mesmos e fortalece-nos a certeza de que a nossa mais alta felicidade tem o sinônimo de servir.
Ampara-nos, a fim de que venhamos a possuir aquilo de que precisemos, no entanto, faze-nos úteis aos nossos semelhantes.
Dá-nos o esquecimento das faltas alheias, tanto quanto esperamos ser desculpados por nossos próprios erros.
Enfim, Senhor, ouve, por misericórdia, as nossas petições, no entanto, não nos consintas agir simplesmente em função de nossos desejos e sim de acordo com a sabedoria de Tua vontade.
Assim seja.


quarta-feira, 25 de abril de 2018


ENSINAMENTO E SURPRESA

Emmanuel

Um companheiro amargurado por desgostos no cotidiano, certa feita, através de emissora interiorana, ouviu a voz empolgante de um professor de otimismo que lhe cativou a atenção e a simpatia.
De três em três dias, ei-lo prostrado junto ao receptor, a fim de registrar os conceitos do orientador distante.
Tão admirado se viu com as respostas com que o prestimoso amigo reconfortava a e instruía aos ouvintes, que lhe dirigiu a primeira carta, solicitando-lhe auxílio para sanar as inquietações de que se reconhecia objeto.
Entusiasmado com os apontamentos que obtinha pelo sem fio, confiou-se à copiosa correspondência, na qual se expunha ao mentor, rogando-lhe as opiniões que chegavam, sempre sinceras e sensatas.
Aquele homem, cujas palavras de paz e compreensão se espalhavam pelo rádio, devia conhecer as mais intrincadas questões humanas.
Para quaisquer indagações, expedia a resposta exata e tanto adentrou na faixa dos pensamentos novos que lhe eram endereçados que o amigo, dantes fatigado e pessimista, observou-se curado da angústia crônica que o possuía.
Renovado e feliz, deliberou exteriorizar a gratidão que lhe vibrava nos recessos do ser, procurando abraçar o benfeitor pessoalmente.
Combinaram dia e hora para o encontro e o beneficiado despendeu oito horas, em automóvel, varando estradas difíceis, de modo a reverenciar o professor que lhe reabilitara as forças para a vida.
Só então, depois de atingir a cidade para a qual se dirigia, entre consternação e júbilo, conseguiu avistá-lo, verificando, por fim, que o distinto radialista, que lhe devolvera a alegria de viver e trabalhar, era paralítico e cego.

terça-feira, 24 de abril de 2018


A MAÇONARIA TEM OS IRMÃOS INVISÍVEIS, TEM TAMBÉM, INIMIGOS INVISÍVEIS?

O Templo Maçônico é preparado antes de cada sessão, para que em seu interior vibre a paz, a harmonia e os mais nobres sentimentos fraternos.
Encontram-se ali? 

Irmãos invisíveis, velando para que, energias negativas não perturbem os irmãos maçons que se farão presentes? 

Justifico a pergunta acima, salientando que a Maçonaria Especulativa nos permite que possamos pensar tirar conclusões pessoais, num âmbito vastíssimo do conhecimento humano, pois engloba em seus ensinos simbólicos, esotéricos, agrupados, unidos, concordantes e sintetizados, ritualísticos, para que alcancemos a soma positiva do produto elaborado pelo pensamento conjunto dos homens de notório saber que, nos legaram esta obra sem igual.

 Homens que acreditavam em Deus, o Grande Arquiteto do Universo, e desta forma nos legaram esta obra fantástica, que, inclusive, entre tantos sábios postulados, nos chama à atenção, nos avisa, através da simbologia do galo, presente na câmara de reflexão.

Tem quem acredita que os irmãos maçons invisíveis são os irmãos presentes com o pensamento, mesmo que estejam distantes inclusive, reunidos em outros continentes do Planeta Terra.

Outros que creem nas presenças espirituais dos irmãos que partiram antes nós para o Oriente Eterno.

Aprendi a ouvir a respeitar as mais diversas opiniões em torno dos mais variados assuntos, que envolvem a Maçonaria.

A sensibilidade, a maneira de crer nos fenômenos mentais e, ou, espirituais, faz, sem duvidas com que existam diferentes opiniões sobre este aspecto.

A verdade, é que existem energias circulantes num Templo Maçônico.

Inclusive, a Consagração do Templo Maçônico, para mim, não é apenas um mero ato tradicional, que simbolize ritualisticamente a estruturação de um novo local, destinado a acolher, a abrigar em seu seio, um número cada vez maior de irmãos maçons.

Peço-vos licença, para narrar um fato verídico, que justifica o título da presente postagem, pois para mim, escrever, falar sobre Maçonaria é sempre um assunto sério, sem brincadeiras, sem invenções fantasiosas, que possam desmerecer, ou deturpar os postulados maçônicos. 

O fato ocorreu quando eu ainda fazia parte da Potencia na qual iniciei minha carreira maçônica, e, as suas dependências, a sala dos passos perdidos, o átrio e o Templo, eram de pequenas dimensões; foi quando após alguns anos, surgiu um local mais apropriado, e, junto com meus irmãos maçons, resolvemos mudar as instalações de nossa Loja. 

No novo local, de amplas dimensões, o novo Templo ficou bem estruturado em todos os quesitos, ficou muito bonito, inclusive, o incluí na foto que ilustra o presente texto, mesmo que na oportunidade, não tivesse sido ainda inseridas, todas as suas ornamentações simbólicas; o Templo havia sido ornamentado para a Sessão Magna de Natal e de encerramento das atividades do ano 2012.

Pois bem, havíamos iniciado ali os nossos trabalhos.

Ocorre que, durante algumas sessões, acima do Trono de Salomão, nos momentos de silencio e introspecção, ouvíamos sons estranhos, como vozes de sons confusos, como se houvesse um grupo de pessoas falando, discutindo, nos distraindo, nos tirando dos são propósitos, de fraternidade, de união e paz.

Comuniquei o fato ao Grão Mestre, e ele imediatamente, me falou, - vocês estão se reunindo sem a Consagração do Templo, vou aí, providenciar e executar este importantíssimo Ato!

De fato, após o Ato de Consagração, nunca mais se ouviu barulhos estranhos.

Na verdade, quando do processo de sindicância à iniciação nos é perguntado se cremos em Deus e se cremos numa vida futura, - eu creio.


Desta forma, considerando a história da Maçonaria Universal, sempre marcada no passado, inclusive, até nos dias de hoje, por perseguições e até mesmo mortes cruéis e desumanas, como a ocorrida com Jacques Demolay; acredito realmente que, existam espiritualmente, inimigos invisíveis, os quais tentam interferir, atingindo as mentes mais fracas, que ainda possam se deixar levar por ideias de vinganças, por vaidades profanas e exibicionistas, que se manifestam por críticas inoportunas, interrupções inadequadas ao momento, por sentimentos maculados pelo poder profano.

Finalizando, concluo na câmara de reflexão, além de outros símbolos esotéricos, encontramos o galo!

Ele nos incita à vigilância!

Vigiemos os nossos corações e mentes!

Preparemo-nos para que adentremos ao Templo, com respeito ao passado glorioso da Maçonaria Universal, tendo sempre, humildade, simplicidade, com o desejo sincero do aprendizado, não esqueçamos! 

Estamos adentrando no Templo do Senhor Absoluto de todos os mundos e de todas as coisas, Deus!

O Grande Arquiteto do Universo!

Ir.'. Orlei Figueiredo Caldas M.'. I.'. 33º

segunda-feira, 23 de abril de 2018


CONFLITO

 

 Emmanuel


Antigamente, o duelo surgia por hábito deplorável, desfigurando o caráter e enodoando a cultura.

Empenhavam-se antagonista, com a presença de testemunhas, em golpes violentos, legalizando o homicídio em nome da honra.
***
O progresso aboliu semelhante nódoa de nossa face, todavia, o conflito continua em outras modalidades, a dentro de nossa vida.
***
Não mais a característica fulminante, dos apetrechos de matar ou ferir, mas o golpe em câmara lenta que o ódio e a incompreensão, a ignorância e a crueldade arremessam por onde passam, gerando perturbações e enfermidade.
***
Por toda parte, vemos o duelo mental torturando e aniquilando criaturas, mantido por nossas atitudes delituosas de uns para com os outros, quando não se  exprime, sem forma perceptível aos sentidos comuns, à feição da troca de dardos invisíveis, penetrando corações, arrojando-os, muitas vezes, aos tormentos do hospício ou à vala da morte.
***
Fujamos de toda idéia que signifique discórdia e maledicência, ciúme e desespero, maldade e intolerância, porquanto, as imagens desse teor, a fluirem constantes de nossa fonte mental, possuem vitalidade própria, corporificando-se com a persistência de nossas irreflexões repetidas e atingindo o objetivo de nossas projeções, a operarem desajuste e flagelação regressando a nós mesmos, em lamentável retorno, trazendo-nos de volta, a aflição e o infortúnio que tivermos causado.
***
O amor é Lei Universal, mas a Justiça nos segue, serena e inexorável, para que todos nós tenhamos no caminho o justo pagamento de nossas próprias obras.


sábado, 21 de abril de 2018


Manchete

E, atravessando a rua, amedrontada, ouvia
As manchetes do dia.

Alguém comunicava: os assaltantes
Depredaram a casa,
Em rápidos instantes;
Depois, deixaram tudo em brasa.
Os moradores de regresso
Revoltaram-se, em vão...

Mais adiante, um amigo,
Sem disfarçar a própria irritação,
Dizia para outro: O meu bairro é um perigo...
Ontem, presenciamos três assassinatos,
Com agressões, injúrias, desacatos...

Um passo acima, e uma senhora ao lado,
Informava num grupo: O horrível acidente
Que arrasou e feriu a tanta gente
Foi simplesmente provocado.
A polícia está certa...
A pesquisa mais ampla foi aberta
Para que se conheça os responsáveis.

Além, um moço, por sinal,
Exibia uma folha de jornal
A expressar-se com voz cansada e constrangida:
- Minha noiva foi morta
Pelas balas de alguém que a deixaram sem vida!...
O meu sonho ruíu, falta-me a confiança,
Não sei se penso em ódio ou se penso em vingança...

Mais adiante ainda, um jovem comentava:
- É um destino cruel que se grava na Terra,
Tudo indica no mundo o início de outra guerra,
Tão destrutiva quanto as que tivemos...
Duras tribulações nos últimos extremos,
Dolorosas visões, de batalha em batalha,
Orfandade e viuvez, ao fragor da metralha!...
Logo após, concluía em alta voz:
- Que informações terríveis sobre nós!...


Dominada de estranha sensação,
Busquei, num parque amigo, a bênção da oração...
Depois, fitei o sol do entardecer
E o pranto de emoção
Jorrou-me do mais íntimo do ser...

Em meio de sublime encantamento,
Notei num quadro magistral
Que os pintores do Além
Haviam desenhado em Plano Azul
A face do Senhor no firmamento...
E sob aquele olhar magnânimo e profundo,
Detido a contemplar os conflitos do mundo,
Escreveram, em luz de etérea purpurina,
A palavra do Cristo, em manchete divina:
- Amados meus, por quê?
Por que tanta discórdia e tanto sofrimento?
Eu apenas vos disse:
Eis que vos dou um novo mandamento,
No resumo integral de toda a Lei:
- “Amai-vos uns aos outros,
Tal qual eu vos amei”.
Maria Dolores

sexta-feira, 20 de abril de 2018


O LIVRO

André Luiz

Na vida - O mestre silencioso.

Na fé - O templo da alma.

Na luta - O observador sereno.

 Na dificuldade - O amigo vigilante.

No caminho - O companheiro sábio.

Na dor - A fonte do reconforto.

Na dúvida - A luz do conhecimento.

Na jornada - A árvore benfeitora.

Na construção espiritual - O tijolo incorruptível.

 Na enfermidade - O remédio oportuno.

No lar - O bom conselheiro.

No trabalho - A coragem constante.

Na terra do espírito - A semente da santidade.

Na imaginação - O incentivo fertilizante.

 Na aflição - O bálsamo salutar.

Na alegria - O impulso de auxiliar a todos.

Na fatura - O controle benéfico.

Na escassez - A graça Celestial.

O LIVRO CRISTÃO É ALIMENTO DA VIDA ETERNA. ESPALHÁ-LO É SERVIR COM JESUS.

quinta-feira, 19 de abril de 2018


AFINAL! PARA QUE SERVE A MAÇONARIA?


Ao adentrarmos a Ordem não poderemos de imediato mudar a nossa maneira de ser, entretanto, já que fomos escolhidos a fazer  Maçonaria é necessária a intenção de compreender que estamos em uma Instituição que, caso desejemos poderemos atingir a nossa mente e o nosso coração em virtude dos sublimes conceitos científicos, morais e espirituais emanados. A sua filosofia representa para aqueles que desejam mudanças um verdadeiro liame inspirador, capaz de influir caso queiramos  entrar a fundo em busca da Verdade.
        Todos que dela participam trazem potenciais a serem desenvolvidos na medida que estuda sem preconceitos os seus ensinamentos, e vivencia-os para: a partir daí a sua qualificação de bom que permitiu seu ingresso possa mudar para uma denominação mais qualificada, ocupando seu lugar na Ordem como um verdadeiro iniciático e na medida dos interstícios transforma seus defeitos e vícios em virtudes necessárias a sua sonhada libertação do jugo da matéria.
         Despertemos! Acordemos! A maçonaria é realmente pra valer, é real, não combina com complexos, com vícios, sentimentos mesquinhos e não comporta, não aceita em seus quadros irmãos fatigados, vencidos pelo orgulho, egoísmo, inveja e maledicência. Entretanto, na medida dos nossos esforços, as coisas ficam melhores a maneira justa e perfeita ao realizamos o bom combate com o auxílio mutuo dos irmãos. Não podemos desvanecer nesta luta, precisamos nos empolgar com a justiça, com a verdade e com a bondade.
         Cada maçom conhece as suas potencialidades, suas fraquezas, seus erros já cometidos, seus pensamentos ainda pusilânimes, frágeis, por persistir em seu intimo a defesa do seu gritante ego ao invés de um trabalho mais coletivo. De nada vale a nossa Ordem o nosso bom desempenho financeiro e profissional, se falta em nós à riqueza maior de amar ao nosso próximo mais próximo.
         Olhem ao redor de vocês. Já observaram a todos que se encontram nesta Loja com os olhos de irmãos ou temos motivos íntimos que nos reserva o direito de julgar irmão adormecido no coração. Se existem ressalvas dentro de nós para determinado ou determinados irmãos, tais falhas estão em nós pois não fomos suficientemente fortes e sábios para selecionar obreiros dignos de seus salários. Não adianta falar em repreensão, em sinceridade, caráter, hipocrisia e amor, se ainda não abraçamos os valores da humildade, do perdão, da fraternidade e da igualdade. Devemos, com certeza, agir conforme o Discurso.
        A essência do nosso comportamento é nosso exemplo de decência e não forjar  através do verniz da educação com declarações suntuosas, babilônicas sem nenhum valor agregado, pois nos falta a riqueza moral de nossa conduta.
       Ao baratearmos a nossa evolução nos tornamos cúmplices dos perjuros, dos incautos, dos imorais e dos que buscam enganar a si mesmo, se complacendo nos vícios e na invigilância dos bons costumes. Não nos transformemos em atiradores irresponsáveis, atirando a esmo, atingindo gregos e troianos, mas, contudo, não atingimos a ninguém a não ser a nós mesmo. Precisamos de bons obreiros para realizamos uma obra perfeita, justa e acabada. Todos podem e devem trabalhar nesta obra. Os que se sentem cansados, não se subestime busque assumir o seu papel de maçom, não para salvar as aparências, mas para burilar a pedra bruta a ser trabalha dentro do nosso coração. Temos um compromisso, um acordo, um desafio. Não de vender a nossa alma aos prazeres da carne. Mas investir na mudança comportamental e intima de buscar sem sofismas, sem hesitação nos libertamos do nosso eu inferior, pobre, que agride, maltrata e vilipendia ao nosso semelhante. Não é trabalho de criança esse desafio, é certamente, trabalho de Homem.
              Não se espantem. É muito bom aceitar o desafio que a Ordem nos proporciona. Se desejarem representará a transição mais cristalina que já experimentaram. A ordem veio para mudar a nossa vida, não estamos reunidos para entretenimento, para o bom vivan, para ouvirmos faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço, mas para oferecermos o mínimo possível de uma conduta sadia, coerente. Assim, devemos assumir a nossa responsabilidade, cada um deve fazer a sua parte na grande obra de tornar mais feliz a humanidade, além do mais, se não cumprirmos a nossa parte outros virão e cumprirão a oportunidade de crescer que jogamos ao léu.afinal, não somos incapacitados. Somos maçons! Em busca de um ideal de amor e paz.
       Ser bom maçom é uma questão de caráter e coragem. É preciso pensar grande, determinar altos padrões de qualidade, criar objetivos altruístas e agir sempre com integridade. O trabalho de um maçom é ajudar irmãos e profanos a serem felizes e coerentes com princípios elementares de cidadania e bondade.
Será que os velhos ditados “Devagar se vai ao longe” ou ainda “A pressa é inimiga da perfeição” não merecem novamente nossa atenção e análise nestes tempos de desenfreada loucura?
Atitude sem pressa  não significa fazer menos, tampouco menor trabalho. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais “qualidade”. Com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos “stress”. Significa retomar os valores da família, dos irmãos, dos amigos, do tempo livre, do lazer, da Loja no presente. Significa a retomada dos valores essencial ao ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé. Significa uma Loja menos coercitiva, mais alegre, mais “leve”, mais feliz e mais aprendizagem.
Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon: “A vida é aquilo que acontece enquanto estamos ocupados fazendo planos”.
O que irá fazer a diferença entre o maçom e o profano, é o caráter e a habilidade do irmão em pensar grande, determinado e entusiasmo no bem, agindo sempre com integridade.
Vale salientar que os planos são a pratica do bem e do amor. Afinal, a maçonaria orienta aos sentimentos nobres e não tenho nenhuma dúvida em afirmar que se deseja sair vitorioso como maçom só existe uma saída: Aprende a amar, “fazendo bem ao próximo”.
                              S.F.U.


quarta-feira, 18 de abril de 2018


CONQUISTA  DA  PAZ


Emmanuel


Procuras a paz...
Obterás semelhante bênção...
Não retendo excessos de recursos amoedados sem utilidade...
Não fugindo às obrigações com as quais te comprometeste...
Não cultivando rebeldia, menosprezando o trabalho que te sustenta...
Não mergulhando os próprios sentimentos em paixões desenfreadas...
Não com a indiferença pelas necessidades e provações dos companheiros da caminhada humana aos quais a própria vida te pede considerar e auxiliar...
A paz virá ao teu encontro, e residirá contigo, sempre que te mantenhas na consciência tranquila, sobre os alicerces do teu próprio dever retamente cumprido.


terça-feira, 17 de abril de 2018


LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE.
Por qual motivos?

As vezes o cotidiano e a repetição nos fazem passar desapercebidas coisas de suma importância, transformamos palavras e frases que possuem muito a dizer como - “Bom dia!”-  virarem elementos auditivos mecânicos, protocolares, mas realmente não paramos para refletir seu real significado.

Em decorrência disso equívocos grosseiros são cometidos, como quando alguém diz - “Fulano é um coitado...” - por mais que a pessoa tenha as melhores das intenções e queira demonstrar por essa frase sua empatia com a situação, coitado é uma palavra que deriva de COITO (se desconhece o significado procure no dicionário), acho que dispensa maiores explicações ...rs

Três palavras trazem no seu cerne os princípios mais valorosos da ordem, como são belas, infelizmente quando ditas pela maioria são vazias de significado, são elas:
Liberdade, igualdade e fraternidade.

Liberdade

Como diria Cecilia Meireles – “Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.” – se o texto falasse de abstrações poderíamos parar por aqui, mas não é o intuito.  Liberdade por definição é:

- Nível de independência absoluto e legal de um indivíduo;
-Liberdade é a condição de uma pessoa que não é escrava.

Ou seja, ser livre basicamente é ser independente, poder fazer e dizer o que se quer, quando achar necessário, sendo limitado apenas por sua consciência. Muito simples …. para quem está no isolamento, como foi descrito por Daniel Defoe no romance Robinson Crusoé, porem a partir do momento que outra pessoa é inserida no contexto há divergência de pontos de vistas, há embates e na natureza o mais forte sempre está com a razão.

Por razão das relações inter-humanas acho interessante o conceito Ludwig von Mises, que afirma que a liberdade deve ser conquistada. Exemplos desse princípio podem ser encontrados no jovem que ao completar 18 anos se acha “livre”, mas é dependente dos pais para comer, ter um teto, estudar, etc...ou seja, não é livre. Assim como o povo escravizado por um governante que esmaga a população pela violência e impostos aviltantes, só se verá livre quando combater a tirania.   

Para Murray Rothbard, liberdade só é existente se seguirmos o principio de não agressão:

Ninguém deve ameaçar ou cometer violência (“agressão”) contra outra pessoa ou sua propriedade. A violência pode ser empregada apenas contra o homem que comete tal violência; ou seja, somente defensivamente contra a agressão violenta de outro.

Desse axioma central, segundo o autor, podemos migrar para todas as reflexões relativas a relação social, tenho como interessante e valido o conceito.

Albert Pike, autor maçom, define a liberdade maçônica como – “liberdade regulada pela lei moral” – também faz inúmeras menções a violência como sendo adversaria da liberdade –“Tiranos usam a força do povo para acorrentar e subjugar- isto é, oprimem o povo. Então usam-no para arar como as pessoas fazem com bois subjugados. Assim, o espirito de liberdade e inovação é minimizado por baionetas, e princípios são emudecidos por tiros de canhão. “.

Igualdade

Nenhum preceito maçônico foi tão distorcido com fins políticos que esse, porem o assunto dá um livro, então nos limitemos as definições. Albert Pike em seu livro Moral e Dogmas afirma que a igualdade a ser defendida pela maçonaria é – “Igualdade de direitos à vista da lei” – claro e objetivo: Todos, independe de condição financeira, etnia, cargo ocupado, hereditariedade, religião ou qualquer outro fator, devem ser vistos de forma igual pela lei. Como já foi dito por um orador – “A lei deve ser daltônica, de preferência cega” - ou seja, nunca, jamais, em hipótese alguma, deve estar em qualquer regra humana menções a essas características, quanto mais na lei.

Durante a Revolução Francesa por exemplo, o termo igualdade mandava um recado bem claro ao monarca – Tanto o Rei quanto o vassalo deveriam ser julgados de forma igual, a lei deve valer a todos -  um contrassenso é o fato de termos no Brasil o infame FORO PRIVILEGIADO. 

 Se todos entendessem esse conceito evitaríamos muitos problemas, a má interpretação leva ao erro de achar que a maçonaria defende que todas as pessoas deveriam ser iguais, coisa impossível sem que perdêssemos a liberdade, já disse Friedman:

 “Uma sociedade que coloca a igualdade à frente da liberdade terminará sem as duas”.

Ou seja, as pessoas são diferentes, possuem vontades diferentes, inteligências diferentes ( leiam sobre inteligências múltiplas), querem trabalhar com coisas diferentes, querem estilos de vida diferente ( para um pescador ficar trancado em uma sala de terno e gravata como um advogado seria um castigo) e histórias diferentes ( há pessoas que herdam de seus país o resultado financeiro de séculos de trabalho familiar, há outros que herdam apenas maus conselhos como – Só se fica rico sendo golpista ou roubando dinheiro alheio! - óbvia crença limitadora). Se esse princípio fosse levado a máxima chegaríamos apenas a um regime ditatorial como a Coreia do Norte, onde todos são maquinas trabalhando a “bem do coletivo”.

Não é à toa que a palavra LIBERDADE vem a frente das demais, é um claro juízo de valor (primeiro liberdade, depois igualdade e após fraternidade). Analisemos o que pensavam nossos irmãos ao escreverem a declaração de independência dos EUA:

Consideramos estas verdades sagradas e inegáveis: que todos os homens são criados iguais e independentes; que desta criação igual resulta que eles possuem direitos inerentes e inalienáveis, dentre os quais estão a preservação da vida e da liberdade, e a busca da felicidade.

A criação aqui sugerida é pelo Grande Arquiteto do Universo, dela derivam direitos inerentes (que não podem ser negados), a preservação da vida (se defender), liberdade (não ser escravizado ou tiranizado) e a busca da felicidade (felicidade é um conceito subjetivo, o que é felicidade para um não é para o outro, certo é sua busca).

Fraternidade

No dicionário encontramos fraternidade como:


-Relação de parentesco presente entre irmãos; convivência afetuosa entre irmãos; irmandade.


-Convivência equilibrada e agradável entre várias pessoas; 


-Amor demonstrado pelo próximo; afeto revelado àqueles os quais não se conhece.

Pike ao tratar do assunto diz 
irmandade (fraternidade), com seus deveres e obrigações como com os benefícios”, claramente limitando o significado da palavra ao relacionamento entre maçons. Porem a maçonaria ampliou esse conceito e definiu que todos somos irmãos (humanidade), outros pontos dos estudos maçônicos abordam a ajuda aos necessitados.

Cabe aqui uma ressalva, assim como igualdade, o princípio da fraternidade também foi usado politicamente de forma equivocada. Quando abordado a temática não podemos desassocia-la do voluntarianismo, ou seja, pessoas por vontade própria doando seu tempo ou dinheiro aos necessitados, esse princípio não é desculpa para usarmos da força para tomar as propriedades dos outros e distribui-la a quem entendermos. Como dito pelo irmão Frédéric Bastiat:  

É-me impossível separar a palavra fraternidade da palavra voluntária. Eu não consigo sinceramente entender como a fraternidade pode ser legalmente forçada, sem que a liberdade seja legalmente destruída e, em consequência, a justiça legalmente pisada.

Podemos concluir que esses três princípios não podem de maneira alguma serem desassociados quando forem tidos como base de tomada de decisão, ação que poderia desencadear em grotescas falhas e injustiças. 




Fonte: maconariaeternoaprendiz.blogspot.com.br