domingo, 31 de janeiro de 2016


O COMPORTAMENTO DO MAÇOM DENTRO E FORA DO TEMPLO
 
INTRODUÇÃO

O tema “O COMPORTAMENTO DO MAÇOM DENTRO E FORA DO TEMPLO” está intrinsecamente relacionado aos princípios de nossa Sublime Ordem que propaga ser uma escola formadora de líderes. Como sabemos, o exercício da liderança representa um ônus elevado pois, além da responsabilidade inerente, o comportamento é fundamental pelo exemplo que sua imagem passa aos seus seguidores.

Ao ingressarmos em nossa instituição, juramos o respeito aos seus estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que a regem, bem como, o amor à Pátria, crença no G\A\D\U\, respeito aos governos legalmente constituídos e acatamento às leis do nosso país.

Por esta razão, espera-se que o maçom reitere seu juramento com sua presença nas reuniões maçônicas e se dedique, de corpo e alma, à prática da moral, da igualdade, da solidariedade humana e da justiça, em toda a sua plenitude.

Destacamos, resumidamente, como essenciais à formação do templo interior de cada maçom, os ensinamentos a seguir que recebemos através dos estudos desenvolvidos nos vários graus maçônicos.

SABEDORIA

O somatório dos conhecimentos adquiridos durante nossa existência pela experiência própria ou através dos ensinamentos recebidos devem nos orientar no sentido que, antes de tomarmos uma decisão, precisamos avaliar o quanto conhecemos do fato, se é a verdade e se irá trazer algum benefício, ou seja, devemos usar o princípio das “peneiras da sabedoria”.

O único meio eficaz para se combater a ignorância, os preconceitos, a superstição e os vícios é o saber, pela simples razão do próprio significado de cada um desses conceitos, ou seja:
- Ignorância significa o desconhecimento ou falta de instrução, falta de saber.
- Preconceito significa o conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados.
- Superstição significa o sentimento religioso excessivo ou errôneo que, muitas vezes, arrasta as pessoas ignorantes à prática de atos indevidos e absurdos, ou ainda, a falsa idéia a respeito do sobrenatural.
- Vício significa o defeito que torna uma coisa ou um ato impróprios para o fim a que se destinam. É a tendência habitual para o mal, oposto da virtude.
Podemos pressupor que todos os maçons tenham o domínio sobre o saber necessário para comportarem de forma digna em todos os momentos, sejam eles profanos ou maçônicos, mas precisam lembrar-se, sempre, que é mais fácil sucumbir ao vício, que aprimorar a virtude.

Em Números 30.2 encontramos "Moisés disse aos chefes das tribos dos israelitas o seguinte: - O que o Deus Eterno ordenou é isto: Quando alguém prometer dar alguma coisa ao Eterno ou jurar que fará ou deixará de fazer qualquer coisa, deverá cumprir a palavra e fazer tudo o que tiver prometido".

TOLERÂNCIA

É, das virtudes maçônicas, a mais enfatizada pois significa a tendência de admitir modos de pensar, agir e sentir que diferem entre indivíduos ou grupos políticos ou religiosos.

Muitas vezes confundimos tolerância com conivência. Tolerância é a habilidade de conviver, com respeito e liberdade, com valores, conceitos ou situações que, nem sempre, concordamos, portanto, há convivência mas, não há, obrigatoriamente, concordância. Conivência é a convivência em que, mesmo não concordando com certos valores, conceitos e situações, deixamos de expressar nosso parecer desfavorável, não refutamos mesmo que só em pensamento e, não reprovando, estamos tacitamente autorizando, aceitando, gerando cumplicidade.

Deus é tolerante com o pecador, não com o pecado. Se Deus fosse tolerante com o pecado, seria pecador também, o que é uma blasfêmia. Pode-se viver com pecadores e ser tolerante, sem ser conivente.

Devemos ser tolerantes com nossos filhos quando eles erram, não podemos ser omissos e coniventes com o erro, devemos expressar nosso descontentamento e corrigir o desvio. É dever e responsabilidade de todo o pai.

É preciso praticar a tolerância com a família, amigos, no trabalho, bem como na sociedade em geral pois, um dos postulados em que a Maçonaria se fundamenta e dado inclusive como exigência, como fundamento: “Exigir a tolerância com toda e qualquer forma de manifestação de consciência, religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam de conquistar a verdadeira moral, a paz e o bem-estar social”.

A tolerância também esta ligada à democracia, pois a tolerância nos faz admitir, que nosso voto seja vencido, acabando-se os argumentos, feita a votação; o resultado tem que ser respeitado e apoiado para o bem da causa maior, isso nos parece que seja um sentimento, ou melhor dizendo, uma atitude tolerante.

Mahatma Gandhi afirmou: Desconfie das pessoas que vendem ferramentas, mas que nunca as usam, ou seja, como pregamos tolerância se dela não fazemos uso. Portanto a prática da tolerância é indispensável para todo aquele que a exige.

Dentro da Maçonaria não é diferente, entendemos que a tolerância está ligada, como ponto de partida às concessões feitas para preservar as engrenagens da Ordem, que admite e respeita as opiniões contrárias.

Shakespeare disse “não importa” o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso”. Devemos ser tolerantes com atos destemperados e isolados de irmãos, tolerantes com o desconforto causado por quem você jurou proteger e defender, sendo bondoso ao extremo em não tomar partido até que tudo seja esclarecido, pois o fato de não fazermos juízo precipitado, é uma das faces da tolerância.

Em síntese, precisamos ser tolerantes com a intolerância do outro, para que ele reflita e passe a seguir o seu exemplo.

A tolerância está na Sabedoria e faz se sentir na Força e na Beleza, através dos ensinamentos, no respeito à individualidade e ao direito do outro.

ÉTICA

Por definição, Ética é um conjunto de princípios e valores que guiam e orientam as relações humanas. O primeiro código de ética de que se tem notícia, principalmente para quem tem formação cristã, são os “DEZ MANDAMENTOS”, onde regras como: amar ao próximo como a si mesmo, não matarás e não roubarás são apresentadas como propostas fundamentais da civilização ocidental e cristã.

A ética é ampla, geral e universal. Ela é uma espécie de cimento na construção da sociedade, de tal forma que se existe um sentimento ético profundo, a sociedade se mantém bem estruturada, organizada, e quando esse sentimento se rompe, ela começa a entrar em uma crise auto destrutiva.

A maçonaria é uma instituição fundamentalmente ética, onde a reflexão filosófica sobre a moralidade, regras e códigos morais que orientam a conduta humana são parte da filosofia que tem, por objetivo, a elaboração de um sistema de valores e o estabelecimento de princípios normativos da conduta humana, impondo ao Maçom um comportamento ético e, exigindo-lhe que mantenha sempre uma postura compatível com a de um homem de bem, um exemplo como bom cidadão e um chefe de família exemplar.

Sendo a maçonaria, por definição, uma organização ética, são rígidos os códigos de moral e alto o sistema de valores que orientam a conduta entre maçons e também com as obediências que os acolhem, principalmente nas referências a estas, ou aos seus dirigentes.

O forte sentimento de fraternidade, designa o parentesco de irmão; do amor ao próximo; da harmonia; da boa amizade e, da união ou convivência como de irmãos, de tal forma a prevalecer à harmonia e reinar a paz.

No mundo profano, a maior necessidade é a de homens lato senso, homens que não podem ser comprados nem vendidos, homens honestos no mais íntimo de seus corações, homens que não temem chamar o pecado pelo nome, homens cuja consciência é tão fiel ao dever como a agulha magnética do pólo, homens que fiquem com o direito, embora o céu caia.

O objetivo de uma instituição maçônica é o de criar tais homens.

CARIDADE

Estamos vivendo uma época em que há uma falta aguda, um valor fundamental em todo mundo: a caridade. Pensa-se demais no progresso da humanidade através da ciência, da tecnologia, da educação, da inteligência, do sistema jurídico, social, político e econômico e, no final das contas nada disso terá nenhum valor se as pessoas não estiverem determinadas a usar isso tudo para o bem. A caridade é definida no dicionário como: “Amor que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem”.

Para os Cristãos é, também, uma das três virtudes teologais, quer dizer, um dos misteriosos poderes que fazem a alma alcançar seu destino final, que é DEUS (as outras virtudes teologais são: fé e esperança). Se a caridade é uma virtude cristã, ela não deve estar somente na esmola, porque há caridade em pensamento, em palavras e em atos, ela deve ser indulgente para com as faltas de seu próximo, não dizer nada que possa prejudicar o outro e atender aos que necessitam na medida de suas forças.

O homem que a pratica, no seu dia-a-dia, estará sempre em paz; assegurando sua felicidade neste mundo.

Não se deixem levar pela vaidade, pela auto-condescendência, pelas aparências e pela superficialidade. Não se deixem arrastar pela âncora da comodidade que certo como um novo dia carregará seus corpos, mentes e corações para o fundo de um mar de futilidades. Não tolerem a falsidade, a hipocrisia, a desonestidade, a ambigüidade; que o seu sim seja sim e o seu não seja não!

Ao ver uma injustiça, não se calem! Diante da traição, não sejam covardes! Não se tornem cegos guiados por cegos em direção a um grande nada. E se sua espada estiver pesada, e sua vontade estiver fraca, e o que é certo e justo não lhe parecer claro, mesmo assim, acima de tudo e sempre, tenha caridade!

Ninguém precisa de nada a não ser seu próprio coração para saber o que machuca os outros. Jamais subestime o sofrimento alheio. Seu julgamento poderá lhe falhar, seu conhecimento, sua experiência, sua inteligência, sua força poderão ser todos inúteis diante do mal, que torcerá fatos e palavras e aparências até fazer o branco parecer preto e o preto parecer branco; decida com caridade, porém, e toda essa farsa se dissipará sob o brilho de uma alma íntegra.

A CARIDADE é uma entrega absoluta por amor ao próximo.

JUSTIÇA

Para escrevermos sobre a justiça, primeiro temos que saber o que significa a palavra justiça, definida no dicionário como: Conformidade com o direito; a virtude de dar a cada um aquilo que é seu. A faculdade de julgar segundo o direito e melhor consciência.

Assim, para definirmos a justiça na maçonaria, seria melhor recorrermos mais uma vez ao dicionário, e, logo acima da palavra justiça encontraremos a palavra Justeza, que significa Qualidade daquilo que é justo; exatidão, precisão, certeza. Propriedade de uma balança analítica que permanece equilibrada quando pesos iguais são colocados em seus pratos.

 Contudo, para termos um rumo e sentido do que seria a definição de justiça na maçonaria, temos que entender como é a organização do Estado, como é dividido, para que cada cidadão possa ter o seu direito respeitado, e, por conseguinte, a justiça dar a cada um aquilo que é seu.

Para falarmos na construção do Estado, temos que falar de Montesquieu (1689/1755) e do seu livro o Espírito das Leis, sua principal obra, na qual procurava explicar as leis que regem os costumes e as relações entre os homens a partir da análise dos fatos sociais, excluindo qualquer perspectiva religiosa ou moral.

Segundo Montesquieu, as leis revelam a racionalidade de um governo, devendo estar submetido a elas, inclusive a liberdade, que afirmava ser "o direito de fazer tudo quanto às leis permitem". Para se evitar o despotismo, o arbítrio, e manter a liberdade política, é necessário separar as funções principais do governo: legislar, executar e julgar. Montesquieu mostrava que, na Inglaterra, a divisão dos poderes impedia que o rei se tornasse um déspota. "Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou a mesma corporação dos príncipes, dos nobres ou do povo exercesse três poderes: o de fazer as leis, e de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as desavenças particulares”.

Como se percebe, para podermos viver em sociedade ou mesmo só, temos que ter regras para serem respeitadas e leis para serem cumpridas. Quem vive em sociedade, por obvio tem maior compromisso com as leis, pois envolve mais pessoas no processo de interação social. Assim, mesmo o que vive isolado na mata ou em uma ilha, ou outro lugar que seja, tem que respeitar leis da natureza ou dos homens.

Nas sociedades atuais os benefícios florescem sob a premissa de que aqueles que mais realizam mais merecem receber – a chamada Meritocracia. No entanto, esse sistema de justiça deixa a desejar e de ser aceito quando ignora que aqueles que mais precisam também devem ter suas necessidades assistidas. Esse é o paradoxo da Justiça, cega por definição e por princípio.

A Maçonaria é uma sociedade que pugna pelo Direito, pela Liberdade e pela Justiça e, dentro dessa perspectiva, cada Maçom deveria ser, sobretudo, um defensor incansável da Justiça. Um dos preceitos elementares é o da igualdade de direitos, consagrados na declaração Universal dos Direitos do Homem. Todavia, a própria existência desse preceito dá margem a que a Justiça se veja diante de um paradoxo, raramente discutido e talvez não completamente entendido.

O homem, principalmente o Maçom deve ser senhor dos seus hábitos, dispor de autodomínio em relação aos seus ímpetos, saber distinguir com imparcialidade o real do irreal, desprezando as doutrinas exóticas, conceitos dúbios e principalmente os princípios que não coadunam com o Amor e a Fraternidade, e muito particularmente, os vícios tidos como normas Sociais, mas que, inadvertidamente corrompem, aviltam e envelhecem.

Dessa forma, a Maçonaria no maçom é a Bondade no lar, a honestidade nos negócios, a cortesia na sociedade, o prazer no trabalho, a piedade e a sincera preocupação para com os desvalidos da fortuna, o socorro aos mais fracos, o perdão para o penitente, o amor ao próximo e, sobretudo a reverencia a Deus.

À medida, então, que as organizações societárias, dentre as quais se insere a Maçonaria, caminharem para se transformar realmente em verdadeiros locais de trabalho/serviço e aprendizagem, estarão se abrindo imensas possibilidades de transformações na própria cultura universal e em seus próprios conceitos sobre os direitos e a Justiça.

LIDERANÇA

“Liderar, é influenciar positivamente as pessoas para que elas atinjam resultados que atendam as necessidades, tanto individuais quanto coletivas e, ainda, se responsabilizar pelo desenvolvimento de novos lideres”.

Um dos componentes de formação de um Maçom é o de aprimorar ou desenvolver, caso não tenha, um potencial e forjá-lo, para que se transforme em um líder.

O líder para descrever suas realizações, utiliza o seguinte formato: O Problema, a Ação e finalmente o Resultado.

Os lideres, diariamente, se envolvem em situações de conflito, seja no âmbito pessoal, quanto no profissional. O modo como reagem a essas situações, pode ser o fator determinante do sucesso no resultado através de 5 posições: Evitar, Acomodar, Competir, Comprometer e Colaborar.

Inserida firmemente no conceito de liderança está a INTEGRIDADE, a honestidade do líder, sua credibilidade e coerência para por valores em ação. Os líderes têm uma responsabilidade indeclinável de estabelecer altos padrões éticos para guiar o comportamento dos seguidores. Preocupado com o que acha ser uma falta de ímpeto na vida organizacional, John Gardner fala sobre os ASPECTOS MORAIS da liderança. Os líderes, de acordo com Gardner, têm a obrigação moral de fornecer as centelhas necessárias para despertar o potencial de cada indivíduo, para impelir cada pessoa a tomar a iniciativa do desempenho das ações de liderança.

Ele destaca que as altas expectativas tendem a gerar altos desempenhos. A função do líder é remover obstáculos ao funcionamento eficaz, ajudar indivíduos a ver e perseguir propósitos compartilhados.

O termo liderança descreve alguém que usa carisma e qualidades relacionadas para gerar aspirações e mudar pessoas e sistemas organizacionais para novos padrões de desempenho. É a liderança inspiradora que influencia seguidores para alcançar desempenho extraordinário em um contexto de inovações e mudanças de larga escala. As qualidades especiais dos líderes incluem:
- Visão: ter idéias e um senso claro de direção, comunicá-las aos outros, desenvolver excitação sobre a realização de sonhos compartilhados;
- Carisma: gerar nos outros entusiasmo, fé, lealdade, orgulho e confiança em si mesmos através do poder do respeito pessoal e de apelos à emoção;
- Simbolismo: identificar heróis, oferecer recompensas especiais e promover solenidades espontâneas e planejadas para comemorar a excelência e a alta realização;
- Delegação de Poder: ajudar os outros a se desenvolver, eliminando obstáculos ao desempenho, compartilhando responsabilidades e delegando trabalhos verdadeiramente desafiadores;
- Estimulação Intelectual: ganhar o engajamento dos outros criando consciência dos problemas e guiando a imaginação deles para criar soluções de alta qualidade;
- Integridade: ser honesto e confiável, agindo coerentemente com suas convicções pessoais e realizando compromissos concluindo-os.
 
PERSEVERANÇA

A maior empreitada do homem é sua própria vida e não tem nenhuma garantia que será bem sucedido, entretanto, pelo acumulo de conhecimentos, muitos de experiências frustradas, ele sabe que a alternativa é prosseguir, lutando contras as adversidades e incertezas, fazendo aliados, acreditando no Supremo Arquiteto dos Mundos e persistindo no rumo do seu objetivo.

A perseverança é uma qualidade pois significa a firmeza, a constância com que devemos nos empenhar em nossas atividades, porém atentos e sempre atualizados porque tudo muda e nos precisamos mudar nossas atitudes e nosso comportamento para não persistirmos em erro.

Precisamos interagir com os indivíduos da sociedade para concretização dos processos de mudança. Devemos criar sempre o estado de dúvida sobre as efetivas possibilidades de sucesso porque mexemos com um conjunto de informações e vagas lembranças misturadas, às vezes, com preconceitos e frustrações.

Para a interação com as pessoas é necessário que exista, entre elas, um relacionamento que proporcione um mínimo de confiança mútua. Havendo este ambiente de confiança, pode-se mostrar o bem maior a ser desfrutado pela mudança. Assim, a força da empatia ajuda na percepção da maior satisfação individual e em equipe.

Concluindo, precisamos persistir. A perseverança exige um processo de mudança, reavaliando nossos conceitos, objetivos e ideais e é assim que começa a nascer o novo comportamento no pensar e agir, sabendo que a obra de nosso templo interior poderá nos exigir, algumas vezes, uma árdua reconstrução. É um processo permanente onde estamos educando e sendo educados. (Educare – Latim, significa sair de dentro da pessoa).

É bom lembrar que os valores individuais tem origem nos grupos e na cultura e, sem a certeza de quais sejam esses valores fundamentais, poderemos ser um alvo fácil para as falsas verdades.  Usando espontaneamente os dons que temos, sem constranger ou prejudicar o próximo,  leva-nos à verdade e a luz.

CONCLUSÃO

O Maçom é livre, de bons costumes e sensível ao bem e que, pelos ensinamentos da Maçonaria busca seu engrandecimento como ser humano atuante e culto, combatendo a ignorância. A ignorância é o vício que mais aproxima o homem do irracional.

Assim sendo e por ser Maçom, deve ele conduzir-se com absoluta isenção e a máxima honestidade de propósitos, coerente com os princípios maçônicos, para ser um obreiro útil a serviço de nossa ordem e da humanidade.

Não se aprende tudo de uma só vez. O saber é o acúmulo da experiência e dos conhecimentos que se tem acesso, mas, a ação construtiva da Maçonaria deve ser exercida de forma permanente em todas as suas celebrações, trabalhos em Loja e no convívio social, através da difusão de conhecimentos que podem conduzir o homem à uma existência melhor pelos caminhos da Justiça e da Tolerância.

O Maçom deve ter e manter elevada Moral, tanto na vida privada como na social, impondo-se pelo respeito, procedimento impecável e realizando sempre o Bem. É pelo valor moral que podemos cumprir sempre nossos deveres como elementos da Sociedade Humana e, particularmente, como membros da Sociedade Maçônica.

O Maçom busca o Bem pelo cultivo das virtudes e pelo abandono dos vícios. Tenta polir constantemente a sua pedra bruta reforçando a sua virtuosidade e reprimindo conscientemente os seus defeitos. Pela auto-disciplina livremente imposta a si mesmo, torna-se também exemplo para seus pares, colaborando para o progresso moral daqueles que com ele interagem
.



Contribuiram para este trabalho os II.'.Antonio Carlos Cardoso, Antonio José Ferreira Garcia, Daniel Vieira Damaia, Eugênio Morganti, João Manoel da Silva Neto, Maurício Stainoff, Milton Antonio Sonvezzo, Oswaldo Chagas do Nascimento, Renato Kleber Mareze, Vanderlei dos Santos, Vanderlei Venceslau Faria e Walter Benegra

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016


BATERIA MAÇÔNICA

 

Origem e a motivação do ato de produzir som através da batida das mãos. Encontramos na história da humanidade relatos pagãos do milênio anterior a Cristo, onde bater palmas tinha a intenção de acordar/despertar os Deuses. Também eram, desde esta época, usadas para afugentar os maus espíritos.

 

Durante os antigos espetáculos circenses na Grécia e Roma, bater as mãos era a manifestação de agrado pelo que estava sendo apresentado e uma expressão não oral de saudação à autoridade presente. Ao ser incluída nos trabalhos maçônicos, a Bateria Maçônica resgata sua origem e passa a ser sacralizada em nosso trabalhos. Executamos sequências de som de percussão usando as mãos, em quantidades determinadas a cada situação/grau e circunstância/momento. A Bateria Maçônica é uma atividade eminentemente esotérica. Primeiramente ela envolve o contato das duas partes internas das mãos. Todos nós reconhecemos e já sentimos a energia que envolve juntá-las, seja para orar com os dedos voltados para o Altíssimo ou para com outra pessoa, através de um aperto de mão, demonstrar confiança e amizade. “Pela Bateria”, percebemos a harmonia e iteratividade nos trabalhos. A Bateria unissonamente executada produz dois efeitos primordiais: Inconscientemente, passa aos Irmãos a sensação de unidade.

 

Não devemos esquecer que ela precede a Aclamação, e que mantendo esta unidade, estará mantida a EGRÉGORA do grupo. O segundo efeito é de ordem sutil e vai além das fronteiras do próprio inconsciente. Mais do que o som audível, a vibração produzida tem a função de harmonizar/equalizar o ambiente. Ao adentrar no recinto sagrado, muito não conseguem canalizar bons fluídos e deixar para trás as impressões sensoriais negativas vividas antes da reunião. Levando-as assim para dentro do Templo e deixando dentro de si energias desarmônicas. A própria palavra BATERIA, deve ser bem compreendida. Bateria é um agrupamento de coisas de vão juntas, portanto BATERIA MAÇÔNICA NÃO É SIMPLESMENTE BATER PALMAS. O MAÇOM DE PÉ E A ORDEM. COM UM MOVIMENTO CONFIRMA SEU JURAMENTO. JUNTA O TOPO DE SUAS COLUNAS E USANDO O PRIMEIRO INSTRUMENTO DE TRABALHO DADO PELO CRIADOR, PRODUZ CADENCIADAMENTE VIBRAÇÕES ETÉREAS, PARA A MATÉRIA E O ESPÍRITO. Este artigo foi inspirado no livro O APRENDIZADO MAÇÔNICO (2013), do Irmão RIZZARDO DA CAMÍNO, que, na página 120, nos intrui:

 O som jamais se destrói; avança Cosmos adentro, numa incessante viagem através do Universo, tanto exterior como interior. O som não atinge somente a periferia, mas adentra na parte espiritual e produz os seus efeitos.

 

Neste nono ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas.

Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica.

 

Ir.·. Sérgio Quirino

terça-feira, 26 de janeiro de 2016


Fundador do Sistema de Grandes Lojas do Brasil(CMSB)
 

Entendemos que nunca devemos negar os justos aplausos aos que, conscientes da verdade dos fatos e do direito, dispõem-se a colocar sobre os próprios ombros, o julgamento da história.

Já temos aprendido, sobejamente, que errar é humano; permanecer no erro é obstinação.

Os adversários do nosso Ilustre Irmão MÁRIO BEHRING, costumam apontar-lhe erros e omissões com o fim precípuo de desmerecer o seu caráter ou ofuscar o brilho de suas ideias e o ímpeto de sua coragem.

Certamente, não é fácil lutar contra os "poderosos", mas não é difícil, estamos convencidos, usar o bom senso para bem esclarecer os que na defesa dos próprios interesses ou de grupos, preferem perpetuar-se desfilando, propositadamente, nos caminhos perigosos da incerteza e da insegurança.

MÁRIO MARINHO DE CARVALHO BEHRING, mineiro de nascimento, nascido aos 27 dias do mês de janeiro do ano de 1876, isto é, a pouco mais de um século, no alvorecer de sua maioridade, isto é, aos 22 anos, transpôs o pórtico da Loja Maçônica "UNIÃO COSMOPOLITA", lá mesmo em Minas Gerais, onde, mais tarde, sem muito se demorar, veio a empunhar o Primeiro Malhete de sua Oficina.

Ponderado em suas palavras, porém desassombrado em suas atitudes MÁRIO BEHRING, conforme a filosofia dos seus tempos, logo iniciou uma luta sem quartel em favor da liberdade de pensamento e contra os radicalismos de todas as espécies, principalmente, o religioso.

No início do século passado, ou seja, em 1901, transferiu-se para a cidade do Rio de Janeiro, então capital da República, onde pelo seu comprovado gosto pelos estudos sobre os assuntos Maçônicos, veio a ser nomeado Membro da Comissão de Redação do Boletim Oficial do Grande Oriente do Brasil, então única Potência Maçônicas existente no Brasil, originário da Loja "Comércio e Artes" que, subdividindo-se em três, isto é , da mesma "Comércio e Artes", "União e Tranquilidade" e "Esperança de Niterói", fundou o GOB em 17 de Junho de 1822, conforme consta de seus registros.

É bem de ver que, tão logo MÁRIO BEHRING começou a comparar os resultados dos seus estudos sobre a ORDEM com as estruturas do GOB, passou a querer influenciar na reformulação dos procedimentos do mesmo, principalmente, quando renunciou a sua eleição, em 1903 para Membro efetivo do Gr:. Capítulo do Rito Francês ou Moderno, numa irrecusável demonstração aos menos avisados de que, embora combatesse, febrilmente, o sectarismo e intolerância religiosas, cultivava a sua crença no G.A.D.U. e na imortalidade da alma, postulados não aceitos pelo referido Rito, apesar de nele haver inicialmente orientado os seus primeiros passos.

Continuou MÁRIO BEHRING Membro da Comissão de Redação do Boletim Oficial desde 1902 até 1905, tendo sido eleito em 1906, Grande Secretário Adjunto, quando, mais uma vez, usando de seus conhecimentos, elaborou, em 1907, o projeto da Constituição do GOB que pela conotação liberalista emprestado aos seus dispositivos, tenderia, fatalmente, à regularidade, não somente de suas origens, mas, sobretudo, dos seus trabalhos, não fosse o desvirtuamento que lhe deu uma Comissão de 18 Membros encarregados de sua redação final, para proteger os interesses contrariados pelo trabalho de MÁRIO BEHRING.

Apesar de toda sua luta e influência, MÁRIO BEHRING não conseguiu ver vitoriosos os seus pontos de vista que, em última análise, era uma tomada de posição em consonância com o desenvolvimento da Maçonaria Universal.

Mais esclarecido na investigação da verdade e desejando prosseguir, sob os eflúvios do G.A.D.U., no seu empreendimento, MÁRIO BEHRING aceitou a sua eleição, em 1907 para Membro Efetivo do então Supremo Conselho do Grau 33 para os Estados Unidos do Brasil de onde poderia melhor combater os desmandos a que era submetida a nossa Ordem no Brasil, pelos excessos de poder e apaixonada vaidade dos que se aproveitavam da Ordem ao seu bel-prazer, ainda que esse comportamento pudesse redundar em prejuízo para os verdadeiros objetivos de nossa Instituição.

Sem dúvida, entre os que se opuseram às ideias de MÁRIO BEHRING encontravam-se homens que, apenas por erro de observação ou possível desconhecimento da universal regularidade então buscada, permaneceram na arraigada defesa das suas posições.

Todavia, pelo entusiasmo de suas palavras e pela seriedade de seus propósitos, MÁRIO BEHRING começava a encontrar apoio dos que viam nele um líder eficiente e capaz de tomar uma posição em favor da regularidade da nossa ORDEM no Brasil, ainda que isso lhe custasse, presumivelmente, muito suor e muitas lágrimas.

A interinidade do seu Grão-Mestrado de 10/08/20 a 19/11/20 e de 25/12/20 e 22/04/21, valeu-lhe a experiência da efetividade do seu mandato no período de 28/06/22 a 13/07/25 vez que, lutando em todas as frentes, por nossa regularidade, inclusive junta ao Congresso Internacional de Lausanne, em 1921, reconhecia, com maior força de argumentos, a necessidade de não confundir as administrações do Simbolismo com o Filosofismo.

Terminado o seu mandato de Grão-Mestre, MÁRIO BEHRING, passou o Malhete ao seu sucessor Venâncio Neiva, o qual, procurando coonestar o movimento encabeçado por MÁRIO BEHRING, elaborou um Tratado a ser firmado entre os Graus Simbólicos e os Graus Filosóficos. Infelizmente, por ter, se passado para o Oriente Eterno aquele irmão não pode firmá-lo, cabendo ao seu sucessor Fonseca Hermes, a responsabilidade de fazê-lo.

Dava-se ao Tratado a significação de vida não dependente, porém, harmônica entre as duas administrações.

Isso, entretanto, não vingou por muito tempo, eis que forças e interesses se levantaram a ponto de levar o Grão-Mestre Fonseca Hermes à renúncia, instalando-se em seu lugar Octavio Kelly, o qual, desrespeitando todo esforço anteriormente feito e a legislação Maçônica Internacional, passou a exercer, de modo hostil, os cargos de Grão-Mestre e Soberano Grande Comendador, mesmo não tendo sido eleito para este último cargo.

Com essa atitude o Grão-Mestre Octavio Kelly proclamando-se, também, Soberano Grande Comendador, rompeu o Tratado assinado em outubro de 1926 e deu lugar a que MÁRIO BEHRING, em 20/06/27, vendo-se espoliado na legitimidade e regularidade do seu cargo, e, sentindo a responsabilidade dos compromissos assumidos no exterior, uma vez que somente avocando o DEC, de 01/06/21, que dava ao Supremo Conselho do Brasil, personalidade jurídica distinta do GOB é que foi admitido no Congresso de Lausanne e confiando nos que haviam de defender, a qualquer custo, os postulados que ensejaram o reconhecimento da Maçonaria Brasileira entre seus Irmãos do Universo, retirou-se do Grande Oriente do Brasil e estimulou a fundação das Grandes Lojas Brasileiras.

MÁRIO BEHRING era um engenheiro e não um advogado como muitos pensam ter sido, pelo ardor de sua luta e pela firmeza dos seus argumentos diante dos mais renomados jurisconsultos seus opositores. O seu desmedido interesse pela leitura dos assuntos maçônicos e o desejo de projetar a nossa ORDEM no concerto Universal, impulsionaram-no a fundar as Grandes Lojas Brasileiras há 80 anos passados.

Sem embargo, podemos afirmar com SALVADOR MOSCOSO, em seu trabalho publicado na Revista "ASTRÉA" de dezembro de 1966; "o homem maçom que volver os OLHOS para a história e a experiência de Mário Behring, não escreveria um livro, mas faria um exame de consciência".

Mário Behring, quis legar os vindouros, através de páginas expressivas na história Maçônica Brasileira, algo da própria respiração, fazendo dele documento animado de personalidade. Foi tão fiel o retrato de suas ações que o oferecem aos seus Irmãos como valioso presente, narração dos movimentos avulsos da sua sensibilidade nas várias emergências da vida.

Nunca se observou o cansaço, havendo, em todos os excertos, a corajosa decisão de quem se propôs inventariar como Maçom e por isso com serenidade, os passos das transatas caminhadas.

O futuro há de saborear, avidamente, a sua história porque nela se guarda o Maçom insigne que a escreveu. Nela ficará, fielmente o retrato, e para todo o sempre, Mário Behring com aquela emoção, educada e sutil, de quem sempre desprezou as falsas pompas.

Aí estão, em rápidas pinceladas sem retoques, alguns traços da marcante e exemplar personalidade do Paladino da Regularidade Maçônica Brasileira que, ao seu tempo, soube honrar os juramentos feitos e os compromissos assumidos perante o G.A.D.U., e a sua consciência. MÁRIO BEHRING soube respeitar a dignidade dos seus semelhantes, sem ostentação ou falsa modéstia.

Em 14 de Junho de 1933 quando viajou para o Oriente Eterno, deixou-nos, tal qual um vigoroso cometa, um rastro de intensa claridade a nos guiar pelos caminhos do equilíbrio, da moral e da razão.

Transcrito de Nós e a X Conferência da CMI.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016


O Problema da Regularidade da Potências

O mundo maçônico está dividido em dois blocos. De um lado, estão as potências Regulares, ou seja, aquelas que possuem a chancela da Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI) e, do outro, as Irregulares, potências que não reconhecem a GLUI como instituição reguladora da Maçonaria Universal.

Dentre as regras de regularidade e reconhecimento que a GLUI tenta impor, algumas têm origem na maçonaria operativa, mas outras foram criadas após 1717, e tinham por objetivo submeter as potências da maçonaria mundial sob a tutela daquela instituição. O critério que a GLUI utiliza para reconhecer uma potência maçônica é complexo e, por vezes, até incoerente. As contradições são muitas. Segundo as palavras do ir:. Bartlomeu M. dos Santos, MI, da ARLS Cavaleiros e Antares:

A Grande Loja Unida da Inglaterra vê-se hoje obrigada a aceitar que a poderosa Maçonaria Norte Americana emita Warrants (certificados) de “regularidade”, por tabela. E tem mais: em situação recente, a Inglaterra retirou o reconhecimento do Grande Oriente da Itália (dirigido por Virgilio Gaito), e os EUA ( 1994 ) o manteve. Situação semelhante ocorreu na Grécia.

Tal balbúrdia nos obriga a buscar respostas para as seguintes perguntas: a) o que é Reconhecimento e Regularidade? b) Quais documentos maçônicos abordam este tema, e quais autorizam uma instituição maçônica a reconhecer outras? c) Será que os critérios de reconhecimento e regularidade estão baseados nos Landmarks ?

Ao explorarmos este tão polêmico tema, tentaremos responder a estas e a outras questões, analisando com profundidade o porquê desta divisão imposta pela GLUI, de modo a nos certificarmos de sua validade.

Definições
Definição de regularidade e reconhecimento segundo dicionários–
1) Regularidade: “que e ou que age conforme as regras, normas, as leis, as praxes; relativo a regra”.
2) Reconhecimento: também segundo o vernáculo: “declarar (um governo) reconhecido legitimamente; admitir como bom, verdadeiro ou legitimo; admitir como certo; admitir como legal.”

Para a GLUI, Regularidade e Reconhecimento são condições distintas: uma potência pode ser regular e não ser reconhecida. Em contrapartida, se uma potência não for regular, ela não poderá ser reconhecida. Desta forma, segundo aquela instituição, a primeira providência para o reconhecimento de uma potência é certificar-se de sua regularidade.

Documentos históricos
Os documentos datados de 1248 a 1782 (Estatuto de Bolonha, Manuscrito Regius, Manuscritos de Cook, etc.) tratam de assuntos importantes, tais como comportamento dos maçons no trabalho e no convívio social, processos e prazos de admissão e permanência como aprendiz, tratamento das viúvas, eleições, assembleias, etc. No entanto, nenhum deles nomeia qualquer loja ou instituição que tenha a incumbência de reconhecer uma potência como Regular. É importante ressaltar que “somente após 1782 é que existem atas e documentos dos quais se tem conhecimento e certeza de data ou ocasião, autor, objetivo e público alvo”, e que em nenhum desses documentos há registros sobre qualquer acordo entre lojas ou potências, informando que uma determinada potência possa ter autoridade para reconhecer outra.

Reconhecimento e regularidade nos dias de hoje
Para um melhor entendimento desta questão, tomaremos como referência a Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI). Estabelecida em 1717, e considerada como a responsável pelo aparecimento da Maçonaria Especulativa, a GLUI se julga no direito de controlar a maçonaria em todo o mundo. Aquela instituição inglesa determinou que o primeiro requisito para o Reconhecimento de uma potência maçônica é que esta seja Regular. Desta forma, em 4 de setembro de 1929, a GLUI declarou os seguintes Princípios de Regularidade:

1 - A crença num DEUS revelado; o Grande Arquiteto do Universo.
2 - Fazer juramentos sobre o Livro da Lei.
3 - Trabalhar somente na presença das três grandes luzes: o Livro Sagrado, o Esquadro e o Compasso.
4 - Abster-se de discussões políticas e religiosas em Loja.
5 - Somente admitir membros do sexo masculino.
6 - Ser soberana no exercício de sua autoridade sobre as Lojas Azuis e seus graus (aprendiz, companheiro e mestre).
7 - Respeitar as tradições. Ou seja, fazer com que em sua obediência sejam respeitados os Landmarks, os antigos regulamentos e os usos e costumes praticados pela Franco-maçonaria.
8 - Ser regular em sua origem, o que pressupõe ter sido obrigatoriamente fundada por uma potência já constituída, que possua pelo menos três lojas regularmente consagradas por uma Potência Regular.

E quanto ao reconhecimento? Quais são os critérios? Parece que não existem critérios estabelecidos para se reconhecer uma loja ou potência. Se existem, não foram divulgados; e se não foram divulgados, não devem ser transparentes.

Potências maçônicas não reconhecidas pela GLUI – A maioria das potências regulares do mundo não é reconhecida pela GLUI. Por exemplo, no Brasil somente são reconhecidas o Grande Oriente do Brasil e a Grande Loja dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. As demais Grandes Lojas do Brasil não são reconhecidas pela GLUI. Também não o são todos os Grandes Orientes estaduais da COMAB no Brasil. A França possui atualmente treze potências maçônicas, das quais somente uma é reconhecida pelo GLUI. Detemo-nos por aqui, pois a lista é interminável.

Cabe ainda salientar que os critérios estabelecidos pela GLUI são também muito complexos, o que torna quase impossível a sua aplicação. Como exemplo desta complexidade, tomemos o princípio da territorialidade, o qual determina que somente uma potência por país pode ser reconhecida. Sua aplicação, na prática é tão controversa que, no território francês, somente a Grande Loja Nacional da França (GLNF) foi reconhecida, ao passo que nos EUA são reconhecidas mais de cinqüenta potências estaduais. Diante de tal fato, é inevitável questionar: por que somente a GLNF foi reconhecida na França? Existiria alguma regra especial para os americanos, velhos aliados da Inglaterra?

Os Landmarks – O Ir. Michael A. Botelho, grau 33, presidente do Conselho de Kadosh de Arkansas, EUA, afirmou em artigo recente que:
“saber o que é e o que não é importante nos Landmarks é uma das questões mais debatidas atualmente.” Segundo ele, o termo “Landmarks” foi criado por Albert Mackey, em 1865, quando o eminente escritor declarou: “os antigos e universais costumes da Ordem, aprovados e implantados pela autoridade competente, vêm de uma época tão distante que não foi possível localizar registros escritos a seu respeito ao longo da história”.

Assim, Mackey definiu três requisitos básicos dos Landmarks, os quais continuam a ser adotados até hoje: 1) universalidade; 2) irrevogabilidade; 3) existência desde tempos imemoriais.

Ainda, segundo o ir: Michael Botelho, em 1856, o Dr. Albert Gallatin Mackey, grau 33, tentou implantar os atuais Landmarks conforme a ótica de sua época, definindo um total de vinte e cinco Landmarks. Sete anos mais tarde, em 1863, George Oliver publicou o livro Freemason’s Treasury, no qual listou quarenta Landmarks. No século passado, algumas Grandes Lojas americanas se lançaram na difícil tarefa de quantificá-los, o que gerou o seguinte resultado: As Lojas do Estado da Virgínia Ocidental definiram sete; as Lojas de Nova Jersey a Nevada, dez; e as do Kentuck encontraram cinqüenta e quatro.

O ir: Joseph Fort Newton, em seu livro The Builders, tentou definir os landmarks com uma simples declaração: “ A certeza de que Deus é pai, a irmandade dos homens, a lei moral, a regra de ouro, e a esperança da vida eterna”. Dentro de uma linha de raciocínio semelhante, encontramos os seis Landmarks listados por Roscoe Pound:

1- A crença num ente supremo.
2- A crença na imortalidade da alma.
3- A obrigatoriedade de se manter o Livro da Lei no altar da Loja.
4- A manutenção da Lenda de Iran no terceiro grau.
5- A manutenção do simbolismo herdado da maçonaria operativa.
6- O maçom tem de ser livre e de bons costumes.

Como é possível observar pelo acima exposto, não se sabe com certeza quantos e quais são os verdadeiros Landmarks, ficando, por conseguinte, muito difícil adotá-los como referência para se estabelecer critérios de Reconhecimento e Regularidade

O componente político do problema
Algum tempo depois do nascimento da maçonaria especulativa, a antiga e bem conhecida rivalidade política entre a França e a Inglaterra veio à tona. O Grande Oriente da França (GOF), seguindo as tradições progressistas de seu país, e sob a alegação de que não queria discriminar os homens livres e de bons costumes, retirou de sua Constituição a obrigatoriedade de se crer em Deus para que um candidato pudesse ser feito maçom. Como conseqüência, o GOF foi excomungado pela GLUI.

Segundo as palavras do ir:. Bartlomeu M. dos Santos, da ARLS Cavaleiros e Antares, “a citação da Bíblia como Livro Sagrado foi um dos obstáculos históricos que provocaram o cisma entre a Maçonaria Francesa e a Maçonaria Inglesa”. Oswald Wirth complementa-o dizendo que “ os anglo-saxões, ao exigirem a Bíblia, e somente a Bíblia, negam a universalidade da Maçonaria e, se encararmos o problema desse ponto de vista, a ‘irregularidade’ está do lado deles, e não do nosso”. Wirth afirmava ainda: “Somos obrigados a nos inclinar diante dos fatos. Os anglo-saxões querem ter sua Maçonaria particular e renunciam ao universalismo proclamado em 1723”.

A maçonaria, não sendo propriedade de ninguém, não pode ser controlada por um poder central mundial. A esse respeito, Morivaldo C. Fagundes ressalta:

Embora a maçonaria seja universal no sentido filosófico e doutrinário, não o é administrativamente, pois não possui uma organização mundial única. Nessas condições, em cada país e muitas vezes, em cada estado membro ela se organizou soberanamente, com ampla e total autonomia administrativa. O fato ensejou, como não poderia deixar de acontecer, o aparecimento do fenômeno político dos reconhecimentos ou tratados de amizade interpotências, em conseqüência do qual surgiu o discutido e discutível conceito de regularidade maçônica.

Voltando à questão do Princípio da Regularidade, analisemos então a sua legitimidade, segundo o estabelecido pela GLUI:

Os Princípios 1, 2, 3, 4 e 5, anteriormente mencionados, parecem ser oriundos da Maçonaria operativa; são universais e compatíveis com o que se entende por Maçonaria Universal. O Princípio 7, que exige respeito às tradições, parece ter sido baseado nos chamados Old Charges, e o Princípio 6 trata de uma questão administrativa.

Conforme os critérios unilateralmente estabelecidos pela GLUI, todas as lojas e potências do Brasil, que não aceitam mulheres e atuam em conformidade com os oito princípios estabelecidos por aquela instituição, são regulares. Logo, a pergunta que precisa ser respondida é: Porque a COMAB (GOMG e demais orientes estaduais), a GLMMG e tantas outras entidades não são reconhecidas?

Conclusões

Nos documentos da maçonaria operativa não se encontra nenhum registro onde qualquer loja ou instituição tenha autoridade para reconhecer outras como regulares. Esta conclusão também é válida para os documentos produzidos pela maçonaria especulativa.

Em nenhum dos documentos históricos da maçonaria há registros sobre qualquer acordo entre lojas ou potências, informando que uma determinada potência possa ter autoridade para reconhecer outra.

Não sabe com certeza quantos e quais são os verdadeiros Landmarks, ficando, por conseguinte, muito difícil adotá-los como referência para se estabelecer critérios de Reconhecimento e Regularidade.

A maçonaria não é propriedade de ninguém, não pode, portanto, ser controlada por um poder central mundial.

Uma vez que nem a GLUI e nem qualquer outra potência tem autoridade para exercer o Reconhecimento, o fato de ser ou não ser reconhecido por ela ou por qualquer outra potência do planeta não é significante. O que importa é que cada loja ou potência esteja ciente de sua idoneidade e espírito maçônico, de forma a poder reconhecer a si mesma como membro da Maçonaria Universal. O restante vem por acréscimo.

Elias Mansur Neto
Past Master Imediato da Loja Maçônica Cavaleiros Templários

Literatura Consultada
1. DA SILVA, José Vicente Menezes. Regularidade e Reconhecimento Maçônico - Trabalho apresentado em Loja
2. LAGE, Hiroito Torres. A Regularidade e o Reconhecimento Maçônicos - Trabalho apresentado em Loja.
3. MENDES, Alceny José. Reconhecimento e Regularidade: reconhecendo a certeza da dúvida - Trabalho apresentado em Loja em 17/10/06.
4. FONTES, Wyllen José – Da Regularização e do Reconhecimento Maçônico, de acordo com as Normas da Maçonaria Universal - Trabalho apresentado em Loja.
5. BOTELHO, Michael A., gr 32, K.C.C.H., Os Landmarks DOS SANTOS.
6- Bartlomeu Martins. Irregularidade, um aspecto meramente político
http://www.evolucao3.com.br/?q=node/432

domingo, 24 de janeiro de 2016



 

O LIMPO E PURO SE TORNA JUSTO E PERFEITO

                                                                                                                                                                                   José Maurício Guimarães

                                                                                                                                                                       jmauriciog@josemauricioguimaraes.com.br

 

Bondosos Irmãos me aconselharam a não pretender consertar o mundo. Agradeço o conselho pois sei que eles desejam o meu bem e prezam pela minha saúde. No fundo, eles sabem que muita coisa tem que ser consertada. Todos eles, cada um à sua maneira, estão trabalhando duro para consertar este que é o melhor dos mundos.

Se desistíssemos de consertar o mundo não haveria necessidade da Maçonaria: poderíamos fechar nossas portas e irmos fazer o que boa parte dos profanos de avental anda fazendo: nada.

Dizem que o progresso é lento, não há o que apressar; mas eu penso que temos que começar em algum momento - já deveríamos ter começado - não importa se vamos presenciar o mundo ideal. Quando plantamos uma árvore, não temos de pensar se vamos nos sentar à sua sombra; alguém no futuro irá colher esse benefício. Este é o sentido da vida. 

Dito isso, vamos em frente com esquadros, compassos, alavancas, níveis, prumos e trolhas, maço, cinzel e espadas para consertar o mundo: bastam uns ajustes aqui e ali.

Quanto ao bem da Ordem em geral, e das Lojas em particular, faríamos bem se começássemos pelo início: as sindicâncias.

Todos os dias vejo novos artigos na internet sobre as sindicâncias, sinal que o assunto preocupa muita gente e nada tem sido feito, em termos de instrução, legislação e regulamentos, para melhorá-las.

Começo minha dissertação pela certeza de que as Lojas não são "hospitais", nem reformatórios morais, apesar de o nome "oficina" sugerir uma lanternagem completa ou retífica de motor em seres humanos completamente enguiçados. A Maçonaria não existe para consertar ninguém, e sim para aperfeiçoar o que já é bom.

Um candidato deve ser limpo e puro, isto é - isento de qualquer sujidade, impureza ou mancha; deve ser livre de culpa, um homem correto, apurado e não nocivo ao meio social. Puro quer dizer claro, transparente como o cristal sem mancha ou nódoa; imaculado, virtuoso e reto. Ao se expressar em palavras, o candidato ideal deve dizer o que pensa e sente com sinceridade e franqueza.

A palavra candidato vem de "cândido", algo de grande alvura, muito branco e puro. Ouvi dizer que na remota antiguidade os candidatos às iniciações compareciam vestidos de branco.

Hoje, do jeito que são feitas, nossas sindicâncias avaliam tudo isso?

Claro que não!

Para começo de conversa, o papel aceita tudo:

- Crê em Deus? - Sim.

- Crê na preexistência e imortalidade da alma? - Sim (com essas duas respostas, resumidas em três letrinhas, pretende-se avaliar os questionamentos mais relevantes da humanidade e dos quais se ocuparam todos os filósofos durante mais de trinta séculos!)

- Faz uso de bebidas alcoólicas? - Socialmente (e eu me pergunto o que é ingerir de álcool socialmente...)

As costumeiras entrevistas não dizem nada sobre a natureza íntima do candidato; podem, no máximo, atestar suas habilidades, seu modo de falar, o nível social em que vive e os bens que possui. Mas não revelam suas predisposições e seu verdadeiro caráter.

Percebem como é difícil sondar o coração e a mente de quem se diz limpo e puro?

Indicar alguém "para a Maçonaria" é mais do que selecioná-lo num grupo de amigos; poderá ser alguém da melhor reputação, de refinada instrução e cultura, ostentar vida familiar exemplar, ter sucesso na profissão e nos negócios, mas... não possuir o PERFIL de maçom.

Como avaliar o perfil do candidato?

- Isso só pode ser garantido pelo maçom que o está indicando -  o "padrinho"; ele é a testemunha e avalista do conjunto de traços psicológicos que tornam o candidato apto para assumir as responsabilidades de homem livre em Loja. Partem de quem apresenta um candidato as informações mais concisas, pois há de se supor que o padrinho conheça o candidato de longa data e intimamente. E mais: a Loja deverá estar certa de que o tal "padrinho" tem sido excelente maçom e obreiro dedicado. De outra forma, sendo ele um maçom descompromissado, haverá de indicar um sujeito que se lhe assemelhe, normalmente um bom piadista, excelente churrasqueiro, mestre cervejeiro, e só. Disso já estamos bem servidos.

Uma vez sindicado e aprovado pela Loja, com base no que está escrito e no julgamento subjetivo dos três sindicantes, marca-se a data da Iniciação. O candidato bate à porta do Templo sendo declarado livre e de bons costumes. Daí em diante toca-se o ritual em frente com os mesmo erros e gaguejos de sempre, pois todas as atenções estão voltadas para os maçantes discursos no final e para o ágape no salão de festas.

Por estas e outras razões, quando ouço anunciarem que alguém foi indicado "para a Maçonaria", eu tremo... e costumo assistir com certa apreensão à cerimônia de Iniciação, pois não se pode dizer com certeza o que virá dali.

Tanta  pureza e tanta inocência deveriam também ser levadas em consideração na escolha de nossos representantes no mundo político. A consciência de cada cidadão faz a sindicância durante a campanha eleitoral. Em seguida vem o escrutínio secreto nas urnas. Apurados os votos e consagrado o homem público na cerimônia de posse, todos correm para tirar fotos com ele. Porém, muito cuidado: quem hoje posa do nosso lado em fotografias poderá amanhã estar posando para fotos de frente e de perfil, com ficha numerada e uniforme listrado, numa delegacia da polícia federal...

Acontece a mesma coisa com o candidato que trazemos ao Portal do Templo Maçônico. Só depois de muita convivência é que teremos alguma certeza de seu verdadeiro perfil.

Não me censurem por dizer isso, pois os maiores problemas vividos pela Maçonaria foram e são causados por maçons regularmente indicados, passaram por sindicâncias, foram escrutinados e iniciados em Loja justa, perfeita e regular. Eu poderia citar uma centena de casos locais, mas prefiro me ater ao escândalo internacional entre os anos 1966 e 1974, provocado pela Loja italiana "Propaganda Due" (Propaganda Dois ou P2) que foi declarada ilegal e expulsa do Grande Oriente da Itália por acusações de participação em negócios fraudulentos e envolvimento com a Opus Dei, membros remanescentes do nazismo, gente da máfia, conspirações neofascistas, o Banco do Vaticano e mortes misteriosas de autoridades e políticos italianos. Prefiro não entrar em detalhes; esse assunto é altamente explosivo e polêmico. O que eu quero demonstrar é o caminho que certos "iniciados" podem vir a tomar, como no caso do Venerável Mestre daquela Loja "Propaganda Due", o empresário Licio Gelli, condenado a 18 anos de prisão em 1992, pela falência fraudulenta no caso do Banco Ambrosiano, e em 1994 por calúnia, delitos financeiros e por deter documentos secretos. Permaneceu em prisão domiciliar, e morreu em dezembro do ano passado em sua “villa” na Toscana.

Quem quiser se aprofundar no assunto, basta perguntar ao professor Google, ou ler o livro "Em Nome de Deus" do jornalista britânico David Yallop que investigou a morte do papa João Paulo I (Albino Luciani) em 1978.

Teoria da conspiração? fantasia? sensacionalismo? Vocês decidem (mas não confundam o título com um outro livro, de Karen Armstrong, que trata do fundamentalismo religioso). E se não quiserem ter muitos pesadelos, leiam o último livro de Umberto Eco, "Número Zero", que mais verdades do que ficção. Para os preguiçosos, que não leem de jeito nenhum, há os documentários no History Channel que podem ser visualizados no youtube: [ https://www.youtube.com/watch?v=QPjRBVtMJ88 ]

O processo iniciático caracteriza-se pela passagem do homem livre e de bons costumes para Homem Justo e Perfeito (releiam esta frase e reflitam sobre seu significado... se julgarem conveniente e possível, levem essa reflexão para as Lojas).

Neste mundo, dominado pelo materialismo, já é difícil encontrarmos um homem bom e justo, vocês sabem disso; mas certificar-se de que ele é limpo, puro, livre e de bons costumes é dificílimo.

Diz a história que Diógenes, filósofo grego que viveu por volta de 300 antes de Cristo, perambulava pelas ruas com uma lamparina acesa, em plena luz do dia. Perguntado porque, ele dizia que procurava por homens verdadeiramente livres, autossuficientes e virtuosos. Diógenes vivia seminu dentro de um barril e cercado pelos cães. Desprezava a opinião comum e afirmava que a humanidade vivia de maneira hipócrita. Aconselhava a seus contemporâneos que observassem o comportamento dos cães para maior proveito nas relações pessoais e na política. Na época dele talvez não existissem Lojas como as de hoje; mas se existissem, ele seria o melhor dos sindicantes. Dizem que Alexandre, o Grande, sabendo das buscas que ele empreendia, foi procurá-lo para ser seu discípulo. Encontrou Diógenes deitado no chão ao lado do barril, tomando um banho de sol. Impressionado, Alexandre disse:

- Já conquistei todas as terras do mundo, mas desejo maiores conhecimentos. Peça-me o que quiser e eu lhe darei - honrarias, escravos e tesouros. Mas antes, como posso também ajudá-lo a sair dessa miséria?"

Diógenes abriu preguiçosamente os olhos e respondeu:

- Por favor, simplesmente afaste-se um pouco para a direita, pois está tapando a luz do sol".

Alexandre retirou-se, pois ele era apenas "o Grande", sem ser Justo e Perfeito.

Quanto a Diógenes, por ser um livre pensador e não bajular os chefes, foi preso e vendido como escravo.

Enviado pelo irmão Devaldo de Souza