terça-feira, 30 de abril de 2013

Honestidade Interior


William Shakespeare
 
 
Honestidade Interior

"Seja verdadeiro para com

teu próprio eu interior,

e disto decorrerá

- Como
a noite decorre do dia -

Que não terás capacidade

para ser falso com qualquer

um de teus semelhantes."

 

“A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial.”

“Os homens de poucas palavras são os melhores.”

“A gratidão é o único tesouro dos humildes.”

“Lamentar uma dor passada, no presente, / é criar outra dor e sofrer novamente.”

“Chorar sobre as desgraças passadas é a maneira mais segura de atrair outras.”

“Para o trabalho que gostamos levantamo-nos cedo e fazemo-lo com alegria.”

“Ser ou não ser: eis a questão.”



 

William Shakespeare
, dramaturgo e poeta inglês. Nasceu em 23 de abril de 1564, Stratford-upon-Avon, Perto de Londres. Faleceu em 23 de abril de 1616, Stratford-upon-Avon com 52 anos e 1 dia de idade. Considerado um dos melhores dramaturgos da literatura universal



segunda-feira, 29 de abril de 2013

Maçonaria - Grande Instituição Social

Valdemar Sansão
 
Maçonaria – Grande Instituição Social

O benevolente propósito da Instituição Maçônica é de alargar a esfera da felicidade social e de promover a felicidade da raça humana (Washington).

Fraternidade
 
– A Maçonaria se preocupa com a elevação da humanidade a um estado de vida feliz, onde o amor fraternal ligue todos os seres humanos esparsos sobre a superfície da terra. Deixando de lado, agora, as artificiais distinções de posição e riqueza que são, contudo, necessárias no mundo o progresso normal da sociedade, os seus membros reúnem-se em suas Lojas sobre um comum nível de Fraternidade e Igualdade. O relacionamento entre Irmãos deve guardar o sentimento de Fraternidade.

Somente as virtudes e os talentos constituem títulos e merecem ocupar lugar mais elevado, sendo o grande objetivo de todos verem quem pode trabalhar e agradar mais.

A sua amizade e fraternal afeição são inculcados ativamente e assiduamente cultivados, e, sendo estabelecido este grande vínculo místico, distingue de maneira peculiar a sociedade.

Caridade
 
- A Caridade é um dos primeiros deveres do Maçom, consignado nos mais antigos usos e costumes da Ordem. Desta forma, todas as Obediências maçônicas possuem serviços de assistência, seja sob forma de simples auxílio mútuo, seja através de fundações e manutenção de hospitais, creches, dispensários, orfanatos, etc., sendo em algumas delas grandemente desenvolvidos. Como em todas as reuniões entre Maçons deve correr o Tronco de Solidariedade, ou Beneficência, há em todas as Oficinas um Oficial encarregado de fazê-lo circular, o Hospitaleiro.

Como uma das virtudes teólogas, a Caridade é recomendada e ensinada em quase todas as práticas e símbolos da Maçonaria.

A Caridade é também uma das três bases ou colunas da Maçonaria, devendo resultar do êxito de todo trabalho empreendido com e prosseguido com esperança. Todos os rituais encarecem o valor da prática da caridade, pois, como dizia S. Paulo (I Cor. XII, 13), ela é superior às outras duas virtudes.

Considerando que a prática da Caridade predispõe a alma para o Bem, e consequentemente para a perfeição moral do homem, a Maçonaria a incluiu entre os seus postulados. Deve ser esclarecido, no entanto, que a caridade maçônica não se exerce por meio de esmolas.

Os nossos antepassados, há séculos, reuniram-se sob ritos antigos, não para exercer a caridade, mas para procurar a Verdadeira Luz... A caridade é uma consequência das nossas doutrinas, e não a finalidade das nossas reuniões.

Solidariedade maçônica
 
- é o amor em crescimento íntimo, preparando-nos para a verdadeira fraternidade, impulsionando-nos a outros objetivos de ação perante a vida. É despertar para o bem, consciencializando-nos interiormente para as diretrizes novas. Ajudar é exercício de apoio legítimo. Não só beneficia, mas, acima de tudo, desenvolve o sentimento de solidariedade, ampliando o amor, a fraternidade. O exercício desse sentimento engrandece e desenvolve as possibilidades de crescimento interior, direcionando-o para a verdadeira solidariedade, preconizada pelo Mestre dos Mestres, do “amai-vos uns aos outros”, que devemos alcançar em nossas experiências sucessivas de progresso interior.

Nada mais angustiante que sentir a impossibilidade de socorrer as necessidades de um Irmão desprovido de meios de sobrevivência.

É com tacto e discrição que devemos ajudar os nossos Irmãos. Têm eles direito à nossa proteção, uma vez que aos que faltam do necessário são os credores dos que gozam do supérfluo. A beneficência é, pois, uma simples justiça. Deve ser realizada como um dever de solidariedade, sem nunca fornecer pretexto a atos de ostentação ou de vaidade, fontes de orgulho para aquele que dá e humilhação para quem recebe.

Todos podem ser úteis uns aos outros. Cada um tem necessidade de todos, e quem se recusar a socorrer o seu semelhante, está se excluindo, por este fato, da comunhão dos Iniciados.

Embora a Maçonaria não seja de nenhum modo uma sociedade de beneficência nem de socorros mútuos, como muitos erradamente pensam, o espírito de solidariedade não obstante, não está alheio ao Maçom; deve, ao contrário, fazer parte de sua própria natureza e condição de Maçon.

Podemos, assim, por exemplo, observar perfeitamente o caso típico do Aprendiz que, sofrendo a influência das prescrições de sua vida profana, considera ainda a palavra “solidariedade” como sinônimo demagógico de “caridade”. Ele a pratica por superstição, sem alegria, mas no sentido de assegurar-se a benevolência daquele que o julgará, no momento de sua morte. Com os ensinamentos maçônicos não demorará em admitir que a solidariedade não é outra coisa senão o prolongamento, no plano moral, da interdependência econômica e social dos homens que vivem em sociedade.

Há obrigações devidas por todo Maçom aos seus irmãos, que assim podemos resumir: assistir um irmão em sua aflição ajudá-lo em suas virtuosas empresas; fazer votos para o seu bem-estar; conservar os seus segredos; e defender a sua reputação tanto na sua ausência como na sua presença.

Servir é a nossa melhor maneira de caminhar. O trabalho dignifica, engrandece e, acima de tudo, nos torna úteis. Quer seja servil, intelectual ou sentimental, guardemos sempre o objetivo puro de concorrer para o bem. Cabe-nos o dever de crescer em amor, sabedoria, enriquecendo os sentimentos, multiplicando potencialidades. Em linguagem mais extensa:
Quando as necessidades de um irmão solicitarem o nosso auxílio estaremos sempre prontos para prestar-lhe tal assistência, para salvá-lo da ruína, enquanto não for prejudicial a nós ou às nossas relações, se o acharmos merecedor disso.
A indolência não será causa de nossas hesitações, nem de nossas indignações e não nos farão desviar; mas esquecendo qualquer consideração egoísta, seremos sempre prontos para servir, socorrer e sermos benevolentes para um companheiro em aflição, e mais particularmente a um irmão Maçom.
Quando fizermos votos ao Deus Todo-Poderoso para o bem-estar de um Irmão, o lembraremos como se fosse nós próprios; como as vozes das crianças e dos inocentes sobem para o Trono da Graça, assim com certeza as súplicas de um coração fervoroso elevam-se até as mansões da bênção, tanto quanto as nossas preces são certamente necessárias aos outros.
Guardaremos como se fosse nosso o segredo de um irmão a nós confiado como tal; como se traindo esta confiança poderíamos fazer-lhe o maior dano que seria capaz de sofrer nesta vida mortal; não somente isto, mas seria semelhante à vilania de um assassino, que se embosca na escuridão a fim de apunhalar o seu adversário, quando desarmado e não estando preparado para enfrentar um inimigo.
Suportaremos o temperamento de um irmão em sua ausência como o faríamos em sua presença; se estiver em nosso poder, não o insultaríamos injustamente, nem permitiríamos que outros o fizessem.

Para muitos Irmãos que não distinguem a diferença entre Caridade e Solidariedade, basta dizer que a caridade é um favor que se presta, ao passo que a solidariedade é uma obrigação. A finalidade das Lojas Maçônicas, de um lado, é facilitar a procura da Verdade e, do outro, é ensinar o desbaste de Pedra Bruta (necessidade de esquadrejamento); mas não somente aos Aprendizes.

O que há de menos difícil é de contribuir materialmente para o alívio dos infortúnios que podem ser socorridos. As Confrarias do trabalho, desde os tempos mais remotos impuseram aos seus adeptos a obrigação de assegurar a existência das viúvas e dos órfãos de sua Congregação. O ancião impotente tampouco era abandonado; recebia cuidados convenientes e sabia que funerais decentes lhes seriam reservados. Os Maçons modernos não quiseram se subtrair a estes tradicionais e sagrados encargos; assim toda a Loja tem seu tronco de beneficência.

Valdemar Sansão – M:. M:.



domingo, 28 de abril de 2013

A RELIGIÃO DOS DRUIDAS E SEUS MISTÉRIOS

 
A RELIGIÃO DOS DRUIDAS E SEUS MISTÉRIOS



172 – Depois dos egípcios vieram os druidas, adoradores do Deus Único. Erigiram a Deus altares de pedras brutas sem som de martelo e invocaram em campo aberto.

Creram num céu para os bons e num inferno para os maus, e na imortalidade da alma. Os druidas homenagearam muitas deidades como os cristãos e judeus depois deles, mas não em forma de adoração. Criam na Trindade de Deus ou em seus três atributos e renderam homenagem a cada um destes tributos.

173 – A religião dos druidas tinha duas faces: o culto ao Único Deus e a homenagem às deidades das estrelas, aos elementos, às colinas e às árvores. Os iniciados eram muito versados nos Ritos do Cabari Fenício e tinham doutrinas internas e cerimônias, mas ao povo não davam senão aquilo que lhe podiam ser útil e proveitoso, e não o que ele não podia compreender.

174 – Se algum neófito ou iniciado cometia alguma insensatez, era castigado com a excomunhão, um castigo terrível. Os preceitos filosóficos e religiosos do druidismo eram escritos em versos e chegam a vinte mil. Estes preceitos eram decorados pelos doutos sacerdotes, não sendo permitido escrevê-los; dessa maneira, o candidato permanecia mais de vinte anos sob observação e estudo.

175 – Os druidas usavam pólvora em sua Iniciação para dar um símbolo da chama sagrada, que o aspirante deve encontrar em si mesmo antes de ser iniciado. Eles chamavam-na “Resplendor de Deus”. Quando morria um druida, colocavam em seu peito uma vasilha com terra e sal, cujo significado é “corrupção do corpo e imortalidade da alma incorruptível”.

176 – Eles tratavam antes de prevenir a enfermidade que curá-la. Tinham muitas frases relativas à cura das enfermidades, como, por exemplo, a seguinte: “A jovialidade, a temperança e o levantar-se cedo trazem saúde e felicidade”. Uma de suas máximas filosóficas é a seguinte: “As três bases do mestrado: ver, estudar muito e sofrer muito”.

Outra: “As três bases do pensamento: clareza, amplitude e precisão”. Dessa maneira, eram filósofos da alma e do corpo.



177 – A serpente era um de seus símbolos importantes. Uma serpente do ouro colocada sobre o peito do iniciado era sinal de regeneração. O iniciado tinha de sentir primeiro a Serpente Ígnea, para ter o direito de levar seu símbolo no peito. Precisava fazer ascender a Chama Sagrada de seu sexo quando adorava em Espírito e Verdade. A serpente era adorada com um círculo com gravações misteriosas. Colocava-se uma tiara sobre a cabeça (símbolo da Luz ou da auréola que emanava da cabeça do iniciado).

Era vestido com uma túnica de púrpura (símbolo do Amor desinteressado pela humanidade), salpicado com estrelas (faculdade de luz e de idéias luminosas); levava um báculo na mão (Cetro levantado, “Falo” erguido); era Rei porque tinha chegado a ser um iniciado.

178 – A Serpente Ígnea, quando se arrasta pelo solo, é o símbolo de destruição, é a energia seminal jogada ao solo; mas, quando está erguida, é um emblema da imortalização e da vida, é a Regeneração e tudo aquilo que foi, é e será. Os faraós do Egito levavam em seus diademas uma serpente de ouro na parte correspondente ao entrecenhos, símbolo da alta Iniciação.

179 – No deserto os hebreus laçavam seus semens sobre o solo e se transformavam em serpentes que causavam a enfermidade e a morte. Mas por ordem de Moisés a serpente se ergueu e se tornou doadora de vida e salvadora de almas. A serpente no sexo é fogo; levantada até o trono de Deus, se faz Luz Sagrada e Chama

Inefável; arrastada, é a destruição da alma. Não se deve esquecer também que a célula seminal tem a forma de uma serpente, na qual está latente o Homem-Deus (ver As chaves do reino interior).

180 – Os altares dos druidas eram compostos de uma pedra grande colocada sobre dois outros toscos pilares. A lei druida ordenava que nenhuma ferramenta deveria tocar a pedra sagrada (nem mais nem menos que a Lei Mosaica do Êxodo 20:25: “Não edificarás altar de pedra talhada”). Mas este mandamento foi esquecido milhares de anos depois. Estes altares eram erguidos à sombra de uma árvore forte, como o carvalho, e assim vemos como Abraão, debaixo do carvalho de Menrah, edificou um altar a Deus e ali recebeu os três anjos como hóspedes.



181 – Os druidas adoravam a Deus na Chama Sagrada Interna e reverenciavam publicamente o fogo como emblema do Sol e símbolo do Fogo Divino do Sexo. Todas as religiões tiveram seus fogos sagrados, que não são mais do que símbolos do fogo do sexo, no homem. Os druidas tinham seus conventos e irmandades femininas como as monjas de nosso tempo e tinham três votos para três classes. O primeiro era o voto de

servir livremente nos templos, e as monjas não eram separadas da família. O segundo voto era para aquelas que ajudavam os sacerdotes nos serviços religiosos. O terceiro era para aquelas que juravam castidade e reclusão e que formavam os oráculos de Britão.

182 – Quanto ao supremo sacerdote druida, seu título era Pontifix Maximus, que foi herdado pelo alto sacerdote secular da Antiga Roma e na Itália. Tinha poder supremo,

tanto nos assuntos seculares como nos eclesiásticos, e estava rodeado por um Senado composto pelos principais druidas. É o Arco Druida. Imitaram-no logo o Pontífice Máximo com seus fâmulos, e o Papa com os cardeais.

O signo do flâmine é um chapéu “como o capelo cardinalício”. E em certas ocasiões, o povo beijava o pé do Arco Druida.

Júlio César, ao ser Pontífice Máximo, obrigou Pompeu a fazer o mesmo; depois seguiram-no Calígula e Heliogábalo, a quem o Papa imitou.

Os sacerdotes de Ísis usavam tonsura porque sabiam da existência do Centro Energético no alto da cabeça (lótus de mil pétalas) e diziam ao povo que isso simbolizava o Sol Doador da Vida.

O celibato é de origem pagã. Orígenes castrou-se a si mesmo. O verdadeiro iniciado não aceita o celibato como condição natural; ao contrário, ele ensina a pureza do sexo e a obediência da Lei Divina.

183 – Pitágoras estabeleceu ordens de freiras, entre as quais colocou suas filhas.

As vestais romanas eram monjas que faziam voto de castidade. Também entre os pagãos havia muitos monges e eremitas.

As vestais tinham o dever de atiçar sempre o Fogo Sagrado e não deixá-lo apagar, do contrário eram castigadas com a morte. Brigit, deusa da poesia, da física e dos ferreiros em Kildare, na Irlanda, tinha a missão de conservar um Fogo Sagrado sempre ardendo; quando se aboliu o druidismo, as sacerdotisas se fizeram monjas cristãs e Brigit se converteu em Santa Brigite ou Brígida, santa titular da Irlanda. Durante o reinado de Henrique VIII foram suprimidos da Inglaterra e da Irlanda os conventos com monjas.



Os sacerdotes fenícios usavam sobrepelizes; os sacerdotes persas usavam cordorinas, de onde veio o mandil maçônico (avental grosseiro).

184 – Os sacerdotes persas levavam guizos de prata em suas vestes; os bispos ortodoxos, em suas cerimônias levam-no em seus trajes como fazem os sacerdotes judeus.

O báculo pastoral do bispo e dignitários eclesiásticos corresponde ao lítuo dos romanos e ao bastão dos iogues. É o símbolo da Serpente, do “Falo” e da Cruz.

185 – O jejum era praticado antigamente para limpar o sangue e preparar o aspirante para certos trabalhos espirituais transcendentais.

Os círios ardentes no altar é a prática de manter sempre a luz, nos templos.

Os egípcios tinham “A Festa das Lâmpadas”, que celebravam descendo em barcos pelo Nilo abaixo até o Templo de Ísis; este serviço se converteu nas vésperas.

Os persas usavam água sagrada a que chamavam Sor. É a água, o princípio da geração, que se transmuta em Chama Sagrada.

186 – Os druidas tinham certas danças religiosas e genuflexões, que imitavam as rotações das esferas celestes, conservadas pelos cardeais, pelos dervixes e pelos maçons ao avançarem na direção do Oriente.

187 – Os egípcios lançavam terra sobre o ataúde três vezes e diziam: “A terra à terra, o pó ao pó e a cinza à cinza”.

O sacrifício da hóstia feita com farinha de trigo é tão antigo como as religiões.

O batismo e a unção com óleo para purificar a alma era um rito observado há milhares de anos antes da era cristã. As crianças, depois dessa cerimônia, recebiam o sinal-da-cruz e se lhes davam leite e mel.

Quando o menino chegava aos quinze anos, o sacerdote punha-lhe as vestes chamadas Sudra e o cingia e confirmava, instruindo-o nos mistério da religião.

188 – A cruz é o símbolo da vida. A cruz ansada é um emblema fálico. A cruz representa os dois princípios em conjunção. A cruz é venerada como símbolo da geração e regeneração desde muitos séculos antes da crucificação de Jesus. A cruz se acha gravada em todos os povos antigos da terra.



Extraído do livro DO SEXO À DIVINDADE

As Religiões e seus Mistérios

JORGE ADOUM

sábado, 27 de abril de 2013

A Escola dos bons costumes

 
A Escola dos bons costumes



Maçonaria é uma Instituição diferente, especialíssima, constituída de homens livres e de bons costumes, cujos motivos altruístas os atraem, a beneficência os une.



A Ordem é rica em princípios educacionais e filosóficos, acumula há milênios conhecimentos científicos inerentes à alma humana, denota de forma clara, sem sofismas e precisão ética, de que a verdadeira riqueza do homem está na pratica da bondade e da simplicidade, essas abordagens internas são inerentes a todos os maçons. Dedutivamente, pressupomos, toda reunião, corriqueiramente, o comando basilar é a justiça em sua lídima aplicação e o combate incessante contra todas as misérias humanas.



Todavia, comove-nos, frequentemente, ao participar das reuniões trimestrais da Grande Loja Maçônica do Estado da Paraíba, quando irmãos abalizados abordam assuntos administrativos de interesse da Ordem, com postura maçônica, sem estrelismos. Entretanto, algumas exceções são observadas, sobretudo, quando opiniões algumas vezes impensadas, julgamentos ao léu, perpassam a níveis lamentáveis de dificuldades, incomodando-nos levemente pelos debuxos mentais, levando-nos muitas vezes a concordar com o iluminista francês Montesquieu, do século XVIII, quando afirma com convicção de que: “Quanto menos os homens pensam, mais eles falam”, ou, em outras palavras: “A pessoa que fala sem pensar, assemelhar-se ao caçador que dispara sem apontar.”



A responsabilidade dos maçons é grandiosa, em função do conhecimento adquirido da filosofia maçônica, a sua conduta é ilibada, o seu caráter não expressa apenas bondade, mas é, obrigatoriamente, justo. Supomos acreditar não existir maçom injusto, entretanto, caso, porventura, ocorra; este jamais foi maçom, mas um perjúrio. Quando no mundo profano a honestidade é um dever, no entanto, para o maçom é uma obrigação, faz o bem com o interesse, unicamente, de servir, sem pedir nada em troca, salvo a alegria d’alma, pela oportunidade de auxiliar que lhe faz bem.



Jamais levantará bandeira para receber aplausos, enfatizando para si méritos de uma atitude de justiça, amor e beneficência, pois, como maçom sabe que é instrumento do GADU, tendo consciência de que todo bem procede inicialmente do GADU.



Muitos irmãos são autoridades constituídas, empresários, profissionais liberais, funcionários públicos, autônomos, enfim, são trabalhadores conscientes de que sob a sua tutela muitas pessoas têm uma obediência hierárquica, contudo, é conhecedor de que tudo é passageiro, a vida é dinâmica, hoje estamos no comando, amanhã seremos comandados, de que o importante não é ter. Ter bens, ter irmãos, mas ser. Ser bom, ser humilde, ser caridoso, ser respeitoso, ser irmão.

Um grande magistrado da antiguidade alertava com carinho e exatidão de que: “A autoridade se perde por ser violenta, não por ser tolerante.”



Ao maçom nada poderá contribuir para afastá-lo do espírito maçônico, por mais adversa que sejam as circunstancias, não devemos nos afastar nenhum milímetro do propósito de servir à Maçonaria. Ademais, concordamos plenamente com o escritor e estudioso da Maçonaria Valdemar Sansão quando elucida:
"Preparemos homens para a Maçonaria e não Maçonaria para os homens!”
Estejamos alerta, sejamos firmes, a maçonaria não é uma empresa comercial que visa lucros materiais, aumento de patrimônios. Quiçá, nem aqui, nem alhures, podemos pensar dessa forma e nem deve ser formalmente tratada como tal. Pasmem, pois, de alto e bom som, a Maçonaria foi, é e será sempre uma Escola para aperfeiçoamento do homem, discutir idéias e não coisas, lutar contra as iniqüidades e tornar feliz a Humanidade. Por si só, carrega em seu bojo verdades filosofais, não obstante, ainda hoje é ignorada a sua natureza, o seu objetivo. Atacada e caluniada pelos cegos da sabedoria, que desconhecem a sua Luz, além que não terem a felicidade de serem iniciados em seus augustos mistérios. Diz o poeta Mario Quintana de que:
"O verdadeiro analfabeto é aquele que sabe ler, mas não lê."



Parodiando o Poeta, diríamos que o pior maçom é aquele que tendo conhecimento, sabendo da existência da Luz, prefere viver na escuridão, sem amor, sem decência e sem ser integro.



Finalmente, representa a Maçonaria a Escola cósmica mais rica existente na face da Terra. E, rogamos ao GADU que nos dê coragem, humildade e sinceridade para nós, maçons, efetivados na Ordem, possamos evoluir agindo unicamente no Bem, no Belo e no Justo, conscientes de que não nos reunimos em vão.



Walter Sarmento de Sá Filho

Maçom

- Obreiro da Loja Maçônica Calixto Nóbrega nº 15 - Sousa - PB.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Trabalho e Riqueza

Valdemar Sansão
 
Trabalho e Riqueza



Acredito que o mundo ideal seja aquele que inclua a democratização das decisões e a distribuição justa do trabalho e das riquezas.




Vivemos em uma sociedade delirante, dentro da qual o ser humano age em busca de ilusões: ou é um cargo importante, dinheiro, título ou fama pura e simples, sem relação com algum valor ou autêntica realidade humana. Quase sempre temos a sensação de que nossa vida, não tem um sentido maior. Às vezes, acusamos nosso chefe, nossos amigos e até mesmo nossos pais. Mas, será que levamos a vida como deveríamos?

É dever do Maçom, amante da Verdade, trabalhar para o reinado da paz e da concórdia, da harmonia, do amor pelo próximo, da verdade soberana e da justiça absoluta dessa Força que chamamos Grande Arquiteto do Universo.

Colocamos nossa vida num caminho certo e com objetivos bem definidos? “Feliz o homem que torna seu o momento presente e que pode dizer consigo mesmo: HOJE VIVI”.



O TRABALHO



Deus criou o homem sem roupas e sem abrigo, mas deu-lhe a inteligência para fabricá-los.




É perfeitamente natural que o trabalho de um homem lhe proporcione e direito esse direito. O trabalho de um homem não é uma mercadoria. Entram nesse trabalho elementos que não é possível taxar. Há coisas que não é possível comprar: por exemplo, o sono, conhecimento do futuro, o talento. O trabalho sério exige responsabilidade e determinação.

Trabalho maçônico

- o termo trabalho em Maçonaria, é, realmente, mais usado no plural, para designar as reuniões e as deliberações das Lojas, ou de outros Corpos maçónicos; toda tarefa maçónica dentro do templo é denominada trabalho; esse trabalho consiste em despertar no maçon as virtudes que existem no seu subconsciente; as virtudes não são colocadas dentro do ser humano, mas eduzidas, pois elas nascem com a criatura. Todavia, toda a Maçonaria Simbólica é dedicada ao trabalho, principalmente do Aprendiz, que, simbolicamente, desbasta a pedra informe, bruta, esquadrejando-a, para transformá-la numa pedra cúbica, que se encaixa, perfeitamente, nas construções.

Trabalho maçônico é o exercício constante para a obtenção de posturas certas; de prática litúrgica perfeita; é a emissão de vibrações que alcancem o próximo, que é o maçom ausente, momentaneamente, em matéria no templo, eis que todo Iniciado faz morada permanente no templo.

Obviamente, o trabalho não é produzido com o suor do rosto, isto é, com o imperativo para a subsistência, resultante de um “castigo”. A construção do templo espiritual colectivo e individual demanda muito trabalho, mas é dignificante e geradora de prazer. O trabalho não é penoso, mas a glorificação do Criador; o que o homem produz é sempre um milagre, uma satisfação, uma bênção, um acto de santidade. O ócio é um vício, o oposto do labor, pois a desocupação da mente dá margem a que as vibrações e os fluidos negativos tomem conta do lugar destinado à pureza. Continuemos a tarefa que nos cabe realizar, em conjunto, de tornar a Maçonaria cada vez melhor praticada, de colocar nossa mensagem de perfeição ao alcance de todos. Estar nessa tarefa é, sem dúvida, uma manifestação de fé de nossa capacidade de vencer nossos próprios desafios. É tarefa aparentemente complexa, mas que se torna simples quando a executamos de conformidade com os princípios do amor fraternal.

A Maçonaria trabalha no sentido de que seus ensinos alcancem todos os homens livres e de bons costumes, pois através do seu conhecimento e da sua vivência, teremos todos melhores condições para sair da ignorância, violência e sofrimento que ainda caracterizam a nossa sociedade.



A RIQUEZA



O homem não possui de seu senão o que pode levar deste mundo.




Deus conhece nossas necessidades, e as provê segundo o necessário; mas o homem, insaciável em seus desejos, não sabe sempre se contentar com o que tem; o necessário não lhe basta, lhe é preciso o supérfluo.

As dificuldades econômicas com que lutamos; as convenções sociais, toda a organização da vida moderna alcançaram o dinheiro a uma tão eminente categoria que não é para admirar que a imaginação humana lhe atribua uma espécie de realeza.

A principal vantagem da riqueza é de descartar a preocupação de ganhar dinheiro; mas, se na realidade pensamos nele em demasia e com sentimentos egoístas, a riqueza produz mais mal que bem. O dinheiro é uma grande tentação; impele os homens ao orgulho e à indulgência para consigo mesmos. A pobreza requer duas virtudes apenas: constância no trabalho e paciência. O rico, ao contrário, se não possui caridade, temperança, prudência e muitas outras qualidades, torna-se um perigo. Toda a história nos ensina quão perigosos são o poder e as riquezas.

Quando me refiro à palavra riqueza, não estou fazendo menção à jóias nem a supérfluos e sim àqueles bens necessários para que o ser humano viva com um mínimo de dignidade e conforto. Um homem só deve incomodar-se em atingir a independência que garanta uma modesta soma em dinheiro para as despesas do enterro, uma casinha em uma pequena quadra no solo deste planeta. Algumas economias para as despesas anuais com alimentação e vestuário. A preocupação em acumular dinheiro, escravizando ele os dias e as noites, eis a maior fraude da civilização moderna.

Portanto, possuir não é um privilégio com que nos glorifiquemos, mas um encargo, cuja gravidade devemos sentir. Esta função, que se chama riqueza, exige uma aprendizagem, da mesma forma que há uma aprendizagem de todas as funções sociais. Saber possuir é uma arte, uma das artes mais difíceis de aprender. A maior parte das pessoas, pobres ou ricas, julgam que na opulência basta deixar correr a vida. É por isso que há tão poucos homens que sabem manipular as pessoas, as ambições, os pecados e as fraquezas, extasiados com a intrepidez de ganhar a qualquer preço, mentem, roubam, traem.

Quando isto ocorrer, poderão aproveitar de forma eficaz os ensinamentos da Sublime Ordem Maçônica pela contribuição positiva que sempre deu à sociedade formando seus filiados e, em particular porque os mesmos já foram testados e aprovados.

O que complica a vida, o que a corrompe e altera, não é o dinheiro, é o nosso espírito mercenário.
O espírito mercenário reduz tudo a esta pergunta: Quanto eu levo nisto? Quanto é que isto me renderá? É a famigerada “lei de levar vantagem em tudo”. E tudo se resume neste axioma: Com dinheiro, tudo se arranja. Aqueles abomináveis que colocam os valores das riquezas materiais acima dos valores da riqueza interior do ser humano. Com esses princípios de conduta, uma sociedade pode não servir ao povo em nada, mas pode descer a tal infâmia, que não é possível descrevê-la nem imaginá-la.

Quando encontrarmos um homem rico e ao mesmo tempo simples, isto é, que considere a sua riqueza como um meio de desempenhar a sua missão humana, devemos saudá-lo respeitosamente, porque esse homem é certamente alguém que venceu obstáculos, atravessou perigos, triunfou das tentações vulgares ou embaraçadas. Para tanto, travou a única luta recomendada pelos vitoriosos: a sua luta contra si mesmo. Assim vivenciando, nada lhe será impossível, pois é o único responsável pelo seu destino.

O Maçom autêntico não confunde o conteúdo da sua bolsa com o do seu cérebro ou do seu coração, e não é com algarismos que avalia os seus semelhantes. A sua situação excepcional, longe de elegê-lo, humilha-o, porque sente tudo quanto lhe falta para estar inteiramente à altura do seu dever. É acolhedor, caritativo, e longe de fazer dos seus bens uma barreira que o separe do resto dos homens, faz dela um meio para deles se aproximar cada vez mais. Enquanto houver conflitos de interesse, enquanto existirem na terra a inveja e o egoísmo, nada será mais respeitável que a riqueza penetrada pelo espírito de simplicidade, pois assim, o homem, mais do que fazer-se perdoar, conseguirá fazer-se amar; o resto só é vaidade.



Valdemar Sansão - M:. M:.



quinta-feira, 25 de abril de 2013

A Iniciação Maçônica.




Iniciação


A Iniciação Maçônica. O Simbolismo. O Segredo




Escrito por A:. M:.



Venerável Mestre, queridos Irmãos em todos os Graus e Qualidades:



I - Via iniciática e simbolismo



A Iniciação tem como objeto conduzir o indivíduo até ao Conhecimento por meio de uma iluminação interior, projeção e apreensão no centro do Eu humano da luz transcendente. Constitui o verdadeiro "batismo maçônico". É o começo de uma vida nova. É através da iniciação que um indivíduo recebe os primeiros conhecimentos de uma sociedade secreta que se chama Maçonaria, ingressa na Ordem, transformando-se em Irmão e inicia a aprendizagem dos segredos da Maçonaria, saindo das "trevas" para a luz.

Esta alegoria encontra-se corporizada na venda colocada sobre os olhos do iniciando e que apenas é retirada, quando da sua aprovação, no final da cerimônia. À escuridão que se manteve sucede então o conhecimento da realidade envolvente - a loja ritualmente preparada e os Irmãos decorados conforme o grau.

Irmãos, embora ainda não conheça profundamente a Maçonaria, penso que a iniciação é a mais importante cerimônia maçônica e o ato mais relevante da vida de um maçom. A sua origem não é apenas simbólica, mas resultou da necessidade que as antigas sociedades sentiram de conservarem em rigoroso sigilo os seus mistérios e de propagar as suas doutrinas.

As iniciações Maçônicas vêm, ao longo dos anos, de acordo com a investigação que efetuei, sendo associadas aos chamados Antigos Mistérios. Os mistérios de Mitra, de Ceres, dos Essênios, têm sido colocados como pontos de partida para as iniciações Maçônicas.
A iniciação é um processo continuo que tem como finalidade proporcionar o desenvolvimento da qualidade de Maçon. Nenhum Irmão deve pensar que a partir do momento do cerimonial, passa de Neófito para Maçon. A iniciação não é um processo de revelação repentina. É o inicio de um caminho de aprendizagem através dos tempos no qual nos vamos tornar uns verdadeiros maçons.

A iniciação apenas nos oferece os instrumentos para o nosso aperfeiçoamento e transformação.

O método da iniciação é uma via essencialmente intuitiva. Esta é a razão porque a franco-maçonaria usa símbolos - um símbolo é uma imagem sensível utilizada para exprimir uma idéia oculta, mas analógica - que servem para provocar a iluminação através da aproximação analógica Esta linguagem tradicional, imemorial e universal permite estabelecer, através do tempo e do espaço, a relação
adequada entre o sinal e as idéias.

A iluminação que os símbolos provocam permite, ao mesmo tempo, apreender os diferentes pontos de vista e unificá-los, revelando a unidade que os transcende e fazendo passar do conhecido ao desconhecido, do visível ao invisível, do finito ao infinito.
Por esta razão, é difícil traduzir os símbolos maçônicos em linguagem usual sem lhes falsear o sentido profundo e o valor.

Digamos apenas que tais símbolos são tirados quer da tradição religiosa, quer do hermetismo e da alquimia, constituindo uma transposição de uns e de outros para a forma e para o uso dos utensílios dos mações operativos. Além disso, eles não consistem somente em objetos, mas também em gestos, sinais, palavras, lendas e parábolas. A própria fórmula Grande Arquiteto do Universo é um símbolo que exprime a Força Criadora Suprema.

Os símbolos na Maçonaria podem dividir-se em três tipos:
Símbolos religiosos tradicionais:
O triângulo, o delta luminoso, os três pontos: o símbolo evoca, nas suas três formas, a idéia da divina Trindade;
O Templo de Salomão e os seus adornos;
Símbolos herméticos e alquímicos:
Os quatro elementos: terra, ar, água e fogo; Os três princípios da Grande Obra: enxofre, o sal e o mercúrio;
A fórmula V.I.T.R.I.O.L. - Visita o interior da terra e, retificando, descobrirás a pedra oculta. "Trata-se de um convite à investigação do Ego profundo, que não é senão a própria alma humana, no silêncio e na meditação" segundo Jules Boucher.
Utensílios maçônicos:
O compasso: medida na procura;
O esquadro: retidão na ação;
O maço: vontade na aplicação;
O fio de prumo: profundidade na observação;
O nível: atuação correta dos conhecimentos;
Avental: simboliza o trabalho constante.

II - O segredo e o silêncio maçônico

Nos tempos antigos, as Sociedades Iniciáticas possuíam os seus segredos e exigiam silêncio absoluto a todos os seus iniciados. A Maçonaria não foi diferente. Em tempos de Maçonaria Operativa, era absolutamente necessário que os processos técnicos que envolviam a arte de construir fossem protegidos. A Maçonaria Especulativa herdou estes famosos segredos que, outrora, serviram de base para as grandes perseguições sofridas.

Na sociedade atual, todas as pessoas têm acesso à informação, praticamente, não existe mais nenhum segredo na Maçonaria.

Contudo, para o Mundo profano, continuamos a ter o nosso segredo. O segredo maçônico é, de fato, de ordem simbólica e iniciática.

Para alguns autores, o segredo maçônico é um estado de iluminação interior que se alcança pela iniciação, que a linguagem humana não poderia traduzir e, portanto, trair, pois as palavras correspondem a conceitos, enquanto o pensamento iniciático transcende ao pensamento conceptual.

Desta forma, o segredo da Maçonaria só poderá ser apreendido depois de muito estudo e reflexão. De fato o segredo maçônico é incomunicável, pois reside essencialmente no simbolismo dos ritos, sinais, emblemas e palavras. E estes, embora possam ser conhecidos e divulgados, só são compreensíveis pelos iniciados.

Segundo F. Pignatel "os verdadeiros segredos da Franco-Maçonaria são aqueles que não são ditos ao adepto e que ele tem de aprender a conhecer pouco a pouco, à medida que vai soletrando os símbolos". Assim, e de acordo com R. Guenon "o que é transmitido pela iniciação não é o próprio segredo, pois ele é incomunicável, mas a influência espiritual que tem os ritos por veículos".

Disse, Venerável Mestre e todos os meus Irmãos!

A:. M:, - A:.M:. - R:.L:.M:.A:.D:.



quarta-feira, 24 de abril de 2013

O orvalho do Hermom

 
O orvalho do Hermom



SALMO 133



Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!



É como óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes.



É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião.



Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Tronco ou troco de solidariedade

Tronco de Solidariedade
 
Tronco ou troco de solidariedade



Jairo Duppre Lacerda Filho
M



Em muitas ocasiões em visita às Lojas, fico observando quando entramos nessa ritualística. O tilintar das moedas ressoam como sinos de uma Sinagoga e a alegria por uns instantes paira no ar, porém, na hora de falar sobre o valor do Tronco, mais parece um trôco.



Qual a finalidade do Tronco? Se for para ajudar irmãos, cunhadas, sobrinhos ou alguma entidade não é uma vergonha destinarmos certos valores? Imaginem: Uma Loja pequena, com 20 membros, por exemplo, que se reúne uma vez por semana e se cada Irmão desse um mínimo de R$ 1,00, seriam R$ 20,00/semana; R$ 80,00/mês. Não seria uma vergonha ofertar esse valor como ajuda?



Agora se cada irmão doasse R$ 10,00, seriam R$ 200,00/semana, R$ 800,00/mês. Esse valor não seria significativo?



Até hoje não entendo o porquê muitos de nossos Irmãos ainda não entenderam a importância do óbulo. Quando o fazemos de bom coração e colocamos com consciência, quando antes de sairmos de casa já o separamos, quando já o destinamos previamente um valor significativo, jamais irá nos fazer falta.



Há muito apego no dinheiro.



Oferecemos o que sobra, o que resta e para nós também virão os restos e as migalhas. É o eco, a volta de tudo aquilo que desejamos a outrem.



O Maçom é inteligente, é trabalhador, é rico em Sabedoria, é forte, valente, destemido e jamais se deixa fraquejar. O Maçom é exemplo, é respeitado, entende e se aprofunda no plano espiritual para compreender o material e sabe que tudo o que semeia colherá cedo ou tarde.



Portanto, meus Irmãos, vamos fazer valer o Tronco e não o troco.



Jairo Duppre Lacerda Filho
M\I\

Obreiro da Loja Cidade de Guarujá – 2787

Publicato no JB News, edição 956




domingo, 21 de abril de 2013

Modos desagradáveis

 
Modos Desagradáveis


 
Manejar portas a pancadas ou pontapés.


Arrastar móveis com estrondo sem necessidade.


Censurar os pratos servidos à mesa.


Sentar-se desgovernadamente.


Assoar-se e examinar os resíduos recolhidos no lenço, junto dos outros, esquecendo que isso é mais fácil no banheiro mais próximo.


Bocejar ruidosamente enquanto alguém está com a palavra.


Falar como quem agride.


Efusões afetivas exageradas, em público.


Interromper a conversação alheia.


Não nos esqueçamos de que a gentileza e o respeito, no trato pessoal, também significam caridade.


André Luiz

Do livro Sinal Verde

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Poema à Amizade


Poema à Amizade


  

Escrito por Albert Einstein



Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
 
Mas, enquanto houver amizade, 
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...

Mas, se a amizade permanecer,

Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...

Mas, se formos amigos de verdade,

A amizade reaproximar-nos-á.

Pode ser que um dia não mais existamos...

Mas, se ainda existir amizade,

Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...

Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,

Cada vez de forma diferente.

Sendo único e inesquecível cada momento

Que juntos viveremos e lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a vida:

Uma é acreditar que não existe milagre.

A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Albert Einstein - Maçom




quinta-feira, 18 de abril de 2013

A Família do Maçom



Valdemar Sansão


 
 
A Família do Maçom
 
 

 
 
Escrito por Valdemar Sansão

A família para a Maçonaria é a base de tudo, depois de Deus.


A família é um dom dos maiores que recebemos de Deus. Não é somente uma realidade cultural que pertence a historia dos povos. É uma instituição natural criada por Deus.

A Maçonaria ilumina-nos sobre o sentido da família. Somos criados à imagem e semelhança de Deus, cuja vida é comunhão profunda entre as pessoas. O ser humano não existe apenas para alimentar-se, crescer e ocupar espaço e tempo sobre a terra. É feito para “conviver” (viver com), partilhar a vida com os outros, viver em comunidade. Amadurecer no relacionamento fraterno e entrar em comunhão com o próprio Deus, não só nesta vida, mas por toda a eternidade.

No projeto da Maçonaria, a família é destinada a ser a comunidade de pessoas unidas no amor”, sacramento cujo núcleo é a união amorosa e fiel entre o homem e a mulher, caminho de aperfeiçoamento recíproco e fonte de vida.

A família é, também, um compromisso. A comunhão de vida não se realiza por encanto. É necessária a colaboração de cada um, para superar o egoísmo, abrir-se ao outro na doação conjugal e familiar. Requer-se, ainda, a cooperação da sociedade para que se criem condições adequadas à vida em família. A finalidade primeira da família, é o valor que lhe confere sentido, é a prole, sua educação física, psíquica, intelectual, moral, religiosa, econômica e social.

O berço doméstico é a primeira escola e o primeiro templo da alma. A casa do homem é a legítima exportadora de caracteres para a vida comum. Como esperar uma comunidade segura e tranquila sem que o lar se aperfeiçoe? A paz no mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos. Se não aprendemos a viver em paz entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações? Se não nos habituarmos a amar o Irmão mais próximo, associado à nossa luta de cada dia, como respeitar o Grande Arquiteto do Universo, que é DEUS?

Tantos pais, irmãos e filhos se separam só pela necessidade de impor vontades, de ver “quem manda aqui”, quem ganha à condição de dono da última palavra. Na maioria dos casos, numa reunião familiar, e com um pouco de humildade todos saberiam até onde ir e quando parar.

São naturais as discordâncias. O homem um dia há de aprender a combater as idéias e não as pessoas. Toda a discordância deve priorizar o respeito.

Se o “diálogo” antecedesse as nossas diferenças, não haveria espaço em nossos corações para ressentimentos e muito menos cultivaríamos sentimentos tão letais no que diz respeito aos outros.

O lar deve ser cultivado como um santuário. É nas lutas diárias do lar que nos preparamos para abraçar tarefas de vulto em prol da humanidade. É preferível abdicar de servir à humanidade, se nos esquecemos dos compromissos prioritários de nosso lar.

Nos tempos atuais, em que tantos banalizam a vida e as ruas se tornam abrigos de órfãos de pais vivos, é hora de refletirmos sobre a Família e o papel do maçom na Comunidade.

A Maçonaria quer que cada um de nós busque melhorar em todos os sentidos, porque em assim fazendo estaremos no caminho certo que é a busca de uma melhoria cada vez maior para a humanidade.

O comportamento do maçom se torna muito difícil na sociedade maçônica que na profana, porque na sociedade maçônica, os indivíduos estão mais chegados uns aos outros, exigindo deles tolerância, fraternidade, principiando pela família, que reflete no procedimento social.

O cumprimento destas tarefas tão importantes para o indivíduo e para a comunidade significa, ao mesmo tempo, para os maçons o desdobramento benéfico de suas próprias disposições.

O respeito e a realização de tão nobre tarefa não podem ficar a mercê do acaso ou da arbitrariedade, mas deve ser assegurada por uma verdadeira obrigação.

A Maçonaria brasileira com o seu papel na formação do homem sempre foi uma constante na consciência de liderança nacional da importância da função da família.

À família é atribuído o papel de primeira célula da organização social, responsável pela transmissão dos valores morais, espirituais, para que o mundo alcance a Paz.

Portanto, a família, para a Maçonaria, tem o merecimento que lhe atribuiu o Irmão Rui Barbosa que aconselhava: multiplicai a célula e tendes o organismo. Multiplicai a família, e tereis a Pátria”.

A família natural do maçom passa a ser também maçônica, a partir do momento em que o Iniciando recebe a luz (da Iniciação), a primeira coisa que vê é seus novos Irmãos armados com espadas, jurando protegê-lo sempre que for preciso. Passa a ser tratado como Irmão, demonstrando-se, assim, o caráter fraternal da Maçonaria. A partir daí, todos que a ele se referem o tratam por Irmão, os filhos do Irmão passam a tratá-lo como “tio” e as esposas de seus Irmãos passam a ser “cunhadas”. Forma-se nesse momento um elo firme entre o novo membro da Ordem e a família maçônica. Na realidade, uma Loja constitui uma família, pois todos os seus membros são Irmãos entre si, sem o destaque hierárquico; O Venerável Mestre continua sendo o irmão do novel Aprendiz. Se existe essa família, a união de seus membros deve ser cultivada e todos se amarem com laços afetivos.

É difícil precisar, no entanto, como esse vínculo se cria e se mantém. Por quê? Ao sermos reconhecidos como Maçons o outro lado prontamente abre um sorriso amigo e o abraça, como se já o conhecesse de toda a vida. Que força é essa que nos une e faz com que homens de diferentes raças, credos, profissões e classes sociais, tenham um sentimento de irmandade mais forte entre eles, que entre irmãos de sangue?

A Maçonaria reserva um lugar de destaque à Mulher. Com a evolução e a modernidade atuais, a mulher está conquistando, ao lado do homem, um lugar igual. E nós, Maçons, não temos motivos para combater os ideais de emancipação da mulher. Ao invés, é nosso dever amparar a mulher em seus esforços para obter liberdade e igualdade. Há casos em que o Candidato já está vivendo sua segunda união matrimonial. É importante que descubramos se sua esposa anterior e os filhos dessa união ficaram amparados e se o Candidato está cumprindo com os deveres como um dos construtores daquela família. Quem age corretamente não se opõe a essa providência.

Portanto, sob o critério filosófico, a Maçonaria destina-se tanto ao homem como a mulher, complementos que são um do outro e destinados como estão a constituir a família base celular de uma sociedade bem organizada. "Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gêneses 2:24).

Se em nossos dias são frequentes as agressões à família e à vida, é também confortador, podermos nos unir para abrir o coração para aprendermos através do estudo de nossos Rituais, que sempre nos ensina a força do Amor, capaz de sacrifício, diálogo e coragem.

O encontro semanal em nossas Lojas, sob a proteção do Criador, seja para nós um encontro com a própria família e a ocasião de sentirmos a alegria de sermos todos Irmãos à luz de Deus.

A Maçonaria convoca seus adeptos a oferecer seus serviços à família para que possa alcançar, dia a dia, o ideal de união revelado pelo Grande Arquiteto do Universo.

Texto de Valdemar Sansão – M:. M:.



quarta-feira, 17 de abril de 2013

Hipócrates

 

Hipócrates


De Hipócrates



Escrito por A Jorge





 


 

Em uma pequena ilha do mar Egeu, na Grécia, próximo ao litoral da Ásia Menor - a ilha de Kós - floresceu no século V a.C. uma escola médica destinada a mudar os rumos da medicina, sob a inspiração de um personagem que se tornaria, desde então, o paradigma de todos os médicos - Hipócrates.

 
 

A escola hipocrática separou a medicina da religião e da magia; afastou as crenças em causas sobrenaturais das doenças e fundou os alicerces da medicina racional e científica. Ao lado disso, deu um sentido de dignidade à profissão médica, estabelecendo as normas éticas de conduta que devem nortear a vida do médico, tanto no exercício profissional, como fora dele.

Na coleção de 72 livros contemporâneos da escola hipocrática, conhecida como Corpus hippocraticum, há sete livros que tratam exclusivamente da ética médica. São eles: Juramento, Da lei, Da Arte, Da Antiga Medicina, Da conduta honrada, Dos preceitos, Do médico.

Sobressai dentre eles o Juramento, a ser proferido por todos aqueles considerados aptos a exercer a medicina, no momento em que são aceitos como tal pelos seus pares e admitidos como novos membros da classe médica. O juramento hipocrático é considerado um patrimônio da humanidade por seu elevado sentido moral e, durante séculos, tem sido repetido como um compromisso solene dos médicos, ao ingressarem na profissão.

Textos manuscritos preservados

O texto do Juramento de Hipócrates que hoje se encontra em vários idiomas resultou de traduções oriundas de antigos e raros manuscritos. Embora sem comprovação, se aceita que os citados manuscritos reproduzem o texto original de quando o mesmo foi escrito. Os mais antigos manuscritos conhecidos, segundo Bernardes de Oliveira, são:
"O manuscrito Urbinas Graecus 64 da Biblioteca Apostólica Vaticana". "Está localizado entre os séculos X e XI. Suas palavras iniciais esclarecem: 'Texto do Juramento Hipocrático que pode ser jurado pelos cristãos'. O interessante documento é escrito em forma de cruz para bem marcar o patrocínio religioso". "Inicia-se com a saudação laudatória habitual: 'Bendito seja Deus, o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo; para sempre bendito seja... ' Sua redacção acompanha o texto clássico com algumas variantes e alterações das quais a principal é a omissão da cláusula referente à operação da calculose".
"O segundo, por ordem de antiguidade, é o manuscrito Marcianus Venetus Z 269, do século XI, pertencente à Biblioteca de S. Marcos de Veneza. O juramento aí se acha como sendo o texto original. Inicia-se com a invocação dos deuses da mitologia grega, consoante sua origem pagã".
"Manuscrito do século XII da Biblioteca Apostólica Vaticana: Vaticanus Graecus 276, follio 1 recto.
"Manuscrito do século XII da Biblioteca Nacional de Paris."

O último manuscrito citado encerra a versão pagã, com a invocação inicial dos deuses da mitologia grega e corresponde ao texto mais difundido atualmente.

Os demais manuscritos conhecidos do juramento de Hipócrates são todos dos séculos XIV e XV. Embora sejam equivalentes, verificam-se pequenas diferenças de redação. O número de palavras, por exemplo, oscila de 246 a 251.

Formas resumidas do juramento

Textos abreviados do juramento têm sido utilizados em diferentes países e idiomas, tendo em vista a extensão do texto original para leitura durante uma solenidade festiva como a da conclusão do curso médico.

A Declaração de Genebra da Associação Médica Mundial - 1948, a mais antiga e conhecida de todas, tem sido utilizada em vários países na solenidade de recepção aos novos médicos inscritos na respectiva Ordem ou Conselho de Medicina. A versão clássica em língua portuguesa tem a seguinte redação:

"Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da Humanidade.

Darei como reconhecimento a meus mestres, meu respeito e minha gratidão.

Praticarei a minha profissão com consciência e dignidade.

A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação.

Respeitarei os segredos a mim confiados.

Manterei, a todo custo, no máximo possível, a honra e a tradição da profissão médica.

Meus colegas serão meus irmãos.

Não permitirei que concepções religiosas, nacionais, raciais, partidárias ou sociais intervenham entre meu dever e meus pacientes.

Manterei o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção. Mesmo sob ameaça, não usarei meu conhecimento médico em princípios contrários às leis da natureza.

“Faço estas promessas, solene e livremente, pela minha própria honra.”

"Atualização" do juramento de Hipócrates

Durante o século XX o progresso científico e o avanço tecnológico da medicina, aliados à evolução do pensamento e dos costumes, trouxeram novos conceitos e novos aspectos relativos à ética médica e a validade do juramento de Hipócrates passou a ser questionada, se não em seu significado simbólico, pelo menos em seu conteúdo.

Surgiram, então, numerosas propostas no sentido de "atualizar" ou "modernizar" o texto do juramento. Esta tendência se acentuou nos últimos anos.

As alterações sugeridas visam, principalmente, a compatibilizá-lo com a Bioética e adaptá-lo à problemática decorrente da prática médica actual, com o objectivo de evitar a conivência dos médicos com as falhas dos actuais sistemas de saúde, sempre que houver prejuízo para os doentes, e com os interesses financeiros da indústria farmacêutica e de equipamentos médicos, que procuram influenciar a conduta do médico.

Fraternalmente,

Ir:. Gabriel Campos de Oliveira